
A gestora Fama Re.capital anunciou Sergio Gusmão Suchodolski como novo sócio e CEO. A gestora também formalizou uma reorganização da sua estrutura em três áreas de atuação: clima, desigualdades e sociobioeconomia.
A chegada de Suchodolski marca uma transição para uma estrutura com liderança compartilhada. O fundador da casa, Fabio Alperowitch, permanece como CIO, à frente da formulação das teses de investimento.
A mudança amplia o escopo da Fama, que deixou, nos últimos anos, de ser uma gestora tradicional de ações. Atualmente, possui três fundos: o fundo de ação Fama Latam Climate Turnaround, para incentivar a descarbonização de grandes poluidores; o fundo em direitos creditórios FamaGaia Sociobioeconomia, que investe em negócios de comunidades tradicionais; e seu veículo mais antigo, o fundo de ações Fama, com foco em investimentos de longo prazo em companhias brasileiras.
“Estou animado em poder unir minhas experiências nos setores públicos e privados para conectar a Fama com stakeholders importantes. O Brasil está nos holofotes esse ano com a COP30 e isso nos dá uma boa oportunidade de expandir os negócios”, diz Suchodolski.
O executivo foi presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e do Desenvolve SP, agência de fomento paulista. Também foi diretor-geral de estratégia e parcerias do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco dos Brics, na China, e chefe de gabinete da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Verticais
A vertical de clima será liderada por Tiago Penido Gomes, ex-GEF Capital, que também se tornou sócio da gestora. A área foca em estratégias de descarbonização e adaptação, tratando risco climático como risco financeiro.
O eixo de sociobioeconomia será comandada por Andréa Álvares, ex-Natura e atual presidente do conselho do Instituto Ethos. Já Caroline Dihl Prolo, fundadora da Iniciativa de Juristas Latino-americanos para Ação Climática (Laclima), assume a liderança em articulação institucional e jurídica, com foco em clima e mercado de carbono.
A terceira frente, voltada a desigualdades, ainda não teve liderança anunciada, mas abordará disparidades socioeconômicas a partir de instrumentos de mercado e políticas públicas.