Investimento de impacto é uma abordagem de investimento que intencionalmente busca gerar retorno financeiro e impacto social ou ambiental positivo e mensurável.
A palavra-chave aqui é intencionalidade: o negócio principal da empresa foca em resolver problemas sociais ou ambientais por meio de soluções de mercado. Os retornos financeiros esperados podem ser em linha, acima ou abaixo do mercado.
O mercado de impacto cresce enquanto os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU ganham corpo.
O produto das empresas de impacto social e ambiental tem como fim reduzir a desigualdade, melhorar condições de moradia, fomentar o acesso a crédito, aumentar a alfabetização, acabar com a fome e os problemas climáticos e ambientais.
Diferente do mercado convencional: A modalidade difere dos investimentos convencionais porque nas empresas de impacto, como o nome já diz, o produto é o próprio impacto. No mercado tradicional, até pode haver geração de emprego e aumento de riqueza, mas isso é um efeito secundário da atividade.
Além do ESG: de forma geral, uma empresa que segue critérios ESG (Environmental, Social and Governance) incluem a avaliação desses fatores em qualquer investimento e negócio, de uma petroleira a um grande banco, passando pelo varejo. As empresas de impacto vão além porque o objetivo do negócio é gerar um impacto social e ambiental positivo.
Mas há desafios: mensurar o impacto ambiental e social das empresas é o grande desafio do mercado, que precisa desses números para se provar eficiente e ganhar mais tração. Hoje, na maior parte das vezes, a mensuração está longe de ser tão clara quanto o risco e retorno financeiros, aplicados pelo mercado tradicional. Mas há uma série de iniciativas em curso em todo o mundo para mensurar e padronizar retornos de impacto.
Em números: os investimentos de impacto alcançaram US$ 715 bilhões ao final de 2019, avanço de 42% em relação ao registrado um ano antes. Os dados são do Global Impact Investing Network (GIIN). O estudo não abre números por país, mas a região de América Latina e Caribe fica com uma fatia de US$ 26,5 bilhões dos recursos. No percentual de participação no fluxo de investimento de impacto, a região evoluiu de 6,26% em 2015 para 13,16% do total ao fim de 2019.