A Amazon fechou ontem a captação de seu primeiro bônus sustentável, de US$ 1 bilhão, que será usado para investir em projetos com benefícios sociais e ambientais, como energias renováveis, transporte limpo, prédios ‘verdes’ e moradia a preços acessíveis.
A tranche, com vencimento em dois anos, é apenas uma pequena parte de uma mega emissão de US$ 18,5 bilhões feita pela gigante do e-commerce — que, apesar de estar sentada em cerca de US$ 73 bilhões em caixa, se aproveitou das baixíssimas taxas de juros.
Algumas tranches da emissão — cujo vencimento mais longo é de 40 anos — bateram recorde para uma captação corporativa, com juros pouco acima dos praticados pelo Tesouro americano.
A parcela sustentável da emissão tem vencimento em dois anos e saiu com yield apenas 0,1 p.p. acima do equivalente em Treasuries, de acordo com o Dealbook, do New York Times.
Os recursos serão gastos em áreas como como aquisição de veículos elétricos para a frota de transporte e incluem também projetos de edificações sustentáveis — como os sistemas de aquecimento e refrigeração integralmente elétricos e abastecidos por energia renovável a serem utilizados na nova sede da companhia na cidade de Arlington, na Virgínia.
Do lado social, os recursos vão para o Housing Equity Fund, voltado a projetos de moradia acessível para as populações de baixa renda que vivem próximas aos principais escritórios da companhia. Além disso, poderão ser usados para as iniciativas de treinamento e capacitação em tecnologia para grupos sub-representados.
A empresa não informou quem atribuiu o selo de “bônus sustentável” ao papel, limitando-se a dizer que se trata de reconhecida consultoria.
A Amazon já se comprometeu em atingir a neutralidade na emissão de carbono até 2040 e abastecer todas suas operações com energia renovável até 2030.
A Alphabet, dona do Google, fez uma emissão de bônus sustentáveis de US$ 5,75 bilhões no ano passado com propósitos similares aos da Amazon.