É apenas o segundo dia da conferência do clima da ONU, mas até aqui a organização tem sido impecável. Duas coisas chamam a atenção.
A primeira é o sistema de ônibus (elétricos) que leva e traz os participantes para os hotéis. Mais de 15 linhas conectam o Estádio Olímpico, que fica numa região mais isolada no nordeste de Baku, a diferentes hubs hoteleiros na cidade. A organização criou faixas exclusivas para os ônibus da COP. Da cidade velha, a 15 km do local do evento, o trajeto é percorrido em 25 minutos. É mais rápido usar o transporte oficial da COP que o metrô da cidade.
A segunda são os voluntários.
Çok sağ olun
Nos pavilhões e pelos corredores da Zona Azul, onde ficam as salas de negociação, as plenárias e os estandes dos países, centenas de voluntários vestindo camisa verde claro e falando inglês excelente ajudam na sempre difícil tarefa de se localizar, especialmente nos primeiros dias. Uma página da web mostra o caminho a percorrer entre quaisquer dois pontos da COP. Aos organizadores, “çok sağ olun” (tchók saolun, muito obrigado em azerbaijano).
O café de R$ 26,50
Mas não seria uma COP sem reclamação sobre a comida. As opções são muitas – até mesmo um restaurante de sushi. A qualidade ainda está em discussão, mas na média os sanduíches, principal combustível de eventos desse tipo, são medíocres. O mesmo não pode se dizer dos preços. No centro de imprensa, um copo de café médio custa 7,8 manats, ou R$ 26,50.
Lavagem a seco
As opiniões sobre a hospedagem – pelo menos entre os mortais – também são divididas. Muitas das pessoas que estão em hotéis contaram ao Reset histórias de reservas feitas há meses e canceladas a poucos dias da conferência – supostamente para aumentar os preços. Alguns tiveram muito azar na remarcação. A representante de uma ONG brasileira só encontrou um hotel alternativo numa região afastada das zonas turísticas. Os funcionários não falam inglês – e a água do banheiro acaba depois de três minutos de banho.