
A EB Capital separou a sua vertical de negócios focada em clima e criou uma nova gestora, a Flying Rivers Capital. Ela será comandada pela sócia Luciana Ribeiro (foto) e nasce com R$ 1 bilhão de ativos sob gestão, herdando o fundo focado em impacto socioambiental da empresa mãe. Um novo veículo, com meta de R$ 1,6 bilhão de captação, está sendo estruturado.
A EB Capital é uma gestora brasileira fundada por Eduardo Melzer, Luciana Ribeiro (ambos ex-RBS) e Pedro Parente (ex-Petrobras e ex-BRF). Ela se posiciona como uma casa focada em investimentos na economia real, com cinco verticais de negócios: private equity, real estate, crédito ao agronegócio, soluções de capital e clima, que agora será um negócio independente.
“É uma evolução natural da vertical que a gente tinha, a transformando em uma gestora com um negócio focado 100% em clima”, disse Caio Myrrha, vice-presidente de private equity da EB Capital, que nesta quinta-feira (30) participou do Fórum de Investimentos Sustentáveis da Abvcap, associação que reúne fundos de private equity.
A nova gestora está com novo fundo no forno. Sua tese de investimento será focada em três temáticas: transição energética, segurança alimentar e descarbonização de indústrias.
No tema de energia, biocombustíveis terá destaque. A ideia é aproveitar as oportunidades trazidas por legislações brasileiras e de outros países que estão criando novas oportunidades de mercado, como a Lei do Combustível do Futuro, no Brasil.
Na área agrícola, o foco está em negócios que ajudem a aumentar a produtividade com práticas de manejo mais sustentáveis, como o uso de insumos biológicos e novas tecnologias. Algumas culturas estão no radar, como a de cacau e açaí, que têm desafios socioambientais em suas cadeias a serem enfrentados.
Na terceira frente, de descarbonização de indústrias, há foco em circularidade e cadeias de suprimentos. O recém-aprovado mercado regulado de carbono, que colocará limites de emissões a grandes empresas poluidoras, poderá ser um impulsionador desta frente.
A meta é captar US$ 300 milhões (cerca de R$ 1,6 bilhão). “O plano é ter um fundo maior que o primeiro”, diz Myrrha.
Segundo o executivo, a equipe já está conversando com possíveis investidores. Mas, diferentemente do veículo anterior, que contou com maior fatia de investidores nacionais, entre family offices e institucionais, este segundo tem foco em estrangeiros, que têm apetite mais consolidado por teses climáticas.
Estrutura
A EB Capital vai compor a sociedade da Flying Rivers junto com Luciana Ribeiro, que é a CEO da nova gestora, e Renan Pereira, que já cuidava do mapeamento de novos negócios e acompanhamento das empresas investidas na vertical de clima da EB.
Com R$ 1 bilhão captado, o primeiro fundo tem no portfólio a Cirklo, que recicla embalagens tipo PET (a empresa é resultado da fusão da Green PCR e da Global PET), e a Bioo, de biometano.
Seu da nova gestora se refere aos “rios voadores” da Amazônia que são fundamentais para o regime de chuvas no Brasil e na América do Sul.
“Inspirados pelos rios voadores da Amazônia — córregos invisíveis que sustentam a vida em toda a América do Sul — acreditamos que o capital pode fluir com o mesmo propósito: conectar mercados, regenerar economias e transformar a ambição climática em valor duradouro”, diz o site da nova gestora.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		