Lucro não é o principal, eles disseram
Esta semana completou um ano a icônica carta do Business Roundtable que desbancou o lucro como objetivo único das empresas e clamou por um capitalismo que servisse “a todos os americanos”. Judith Samuelson, vice-presidente do Aspen Institute faz um balanço crítico no Quartz e aponta: ainda é preciso muito para trazer o discurso para a realidade.
Conexão Faria Lima-Manaus
Os planos dos três maiores bancos privados para a Amazônia devem ser divulgados até o fim do mês. Mas em entrevista ao Estadão, o presidente do Bradesco, Octavio Lazari Jr, deu algumas pistas. Segundo ele, haverá ‘subsídios’ por parte dos bancos para que o produtor não tire madeira da floresta.
Variações do mesmo tema
Em um editorial para a CNN, o CEO global do Citi, Michael Corbat, disse que as instituições financeiras têm de ter a ‘coragem’ de não participar de negócios que sejam ruins para o clima e estimular seus clientes a reduzir emissões . Mas, como lembra a Bloomberg, o banco americano ainda tem teto de vidro: é o terceiro maior financiador de energia não renovável desde a assinatura do Acordo de Paris, em 2015, atrás apenas do JP Morgan e do Wells Fargo.
Lições do ‘papa’ do ESG
Um dos mais respeitados acadêmicos a estudar o ESG nos negócios, o professor George Serafeim, da Harvard Business School, resumiu em um artigo boa parte de suas pesquisas sobre a importância da materialidade e como as práticas ESG podem se traduzir em retorno. E elencou cinco pontos para as empresas adotarem práticas sustentáveis que efetivamente criem valor.
‘Combustível verde acompanha, senhor?’
Algumas aéreas da Europa como SAS e Lufthansa estão começando a repassar aos clientes parte do preço do biocombustível usado no lugar da querosene. Hoje a taxa é opcional e referente a uma parte da viagem somente. Mas em breve os clientes podem ser cobrados por toda a viagem, sem a opção de escolher pagar ou não, explica o FT.
A saia justa das petroleiras
Trabalhar para empresas de petróleo virou coisa de careta. Uma matéria do WSJ mostra o desinteresse de jovens pela área, num momento em que o setor precisa se reinventar.
A ‘onda verde’ nos Estados Unidos
As empresas de energia limpa estão se valorizando no embalo do avanço de Joe Biden na corrida presidencial dos EUA. O ETF com ações dessas companhias se valorizou 30% desde o início de julho. E ainda que Trump vença as eleições, o setor deve continuar no modo ‘good vibes’, analisa o UBS.
Outras leituras
- Perdendo a perspectiva: como uma gigante de carvão performou melhor que uma empresa de energias renováveis e entrou no FTSE Good (Responsible Investor, em inglês)
- Coloque os covenants de dívidas para lutar contra a mudança climática (FT, em inglês)
- Por uma matriz de riscos ambientais (Valor)
- Maior projeto de baterias começa a funcionar numa Califórnia faminta por energia (Bloomberg, em inglês)
- Em breve, a Tiffany vai revelar todos os lugares por onde seu diamante viajou (Bloomberg, em inglês)
- Os monopólios estão destruindo a América. É o Fed quem diz (Brazil Journal)