A Raízen quer fechar nesta semana a sua primeira emissão de green bonds no mercado internacional. O tamanho da emissão ainda não foi definida, conforme apresentação a potenciais investidores, mas os títulos devem ter vencimento em 10 anos, podendo chegar a 30 anos, dependendo das conversas com investidores.
A empresa quer captar recursos para financiar projetos considerados “verdes” em seu framework de dívida ESG, como produção de etanol de primeira e segunda geração e produção ou compra de cana de açúcar, desde que certificadas com o selo Bonsucro, que atesta práticas sustentáveis. Projetos para uso de resíduos para a produção de biometano ou ligadas à energia solar também são elegíveis. A eficiência energética também pode ser financiada com a melhoria de plantas de biocombustível ou investimento na cogeração de energia com biomassa.
A companhia informou que parte do dinheiro será usada para a recompra de parte ou totalidade dos seus títulos com vencimento em 2027 e taxa em 5,3% ao ano. Uma operação de recompra desses papéis foi lançada simultaneamente e expira na próxima sexta-feira.
A operação está sendo coordenada por Citi, Itaú BBA, JPMorgan e Morgan Stanley. Bank of America (BofA), BNP Paribas, Bradesco BBI e Santander também fazem parte do pool de bancos da emissão.
Essa não é a primeira vez que a Raízen recorre a emissões de dívida sustentável. Há dois anos, a empresa emitiu R$ 1,2 bilhão em debêntures com metas atreladas ao compromisso de, até 2026, obter da certificação Bonsucro para 94% de suas unidades operacionais e de elevar a participação de mulheres em posições de liderança, de 19% para 30%.