A Engie Brasil pagou R$ 3,2 bilhões pelos parques solares da Atlas no país, incluindo o custo da dívida, em uma das maiores operações do ano no setor. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira.
Ao todo, os parques têm capacidade instalada de 545 MW, com parte da energia já vendida em acordos de longo prazo. As plantas Juazeiro, São Pedro e Sertão Solar ficam na Bahia, Sol do Futuro, no Ceará, e Lar do Sol, em Minas Gerais.
O valor desembolsado pela compra foi de R$ 2,27 bi mais o endividamento líquido da Atlas, em torno de R$ 971 milhões, que passará a ser consolidado. A Atlas é uma das maiores desenvolvedoras de energia renovável na América Latina e havia sido adquirida ano passado pelo fundo de private equity Global Infrastructure Partners (GIP).
“Este é mais um passo alinhado à execução da estratégia do Grupo Engie de continuar crescendo em energia renovável no Brasil”, disse Eduardo Sattamini, diretor presidente da Engie Brasil, em nota.
Mesmo que represente uma porcentagem pequena em comparação com mais de 8 GW de da capacidade instalada da empresa no Brasil, a movimentação reforça a estratégia da Engie em descarbonização.
Depois de concluir a venda de sua última usina termelétrica no país, a gaúcha Pampa Sul, no fim de maio, a companhia passou a ter um portfólio totalmente com fontes renováveis.
No ano passado, a companhia incorporou o conjunto eólico Serra do Assuruá, na Bahia, e o fotovoltaico Assú Sol, no Rio Grande do Norte – os maiores empreendimentos do grupo Engie no Brasil nas respectivas fontes até então.