Auren e Vivo criam joint-venture para mercado livre de energia

Nova empresa mira a venda de energia para 72 mil novos consumidores que passarão a escolher seu fornecedor a partir de janeiro

Turbinas de geradores de energia eólica
A A
A A

A Auren Energia e a Vivo estão criando uma joint-venture para tentar abocanhar uma fatia relevante dos 72 mil novos clientes que poderão comprar energia renovável no mercado livre a partir de janeiro.

A lógica da transação é unir a experiência da Auren na comercialização de energia e geração por fontes renováveis com o alcance e expertise da Vivo com plataformas digitais e relação com clientes. Cada uma das empresas terá 50% do capital da joint venture, que contará com equipe própria. A conclusão da transação depende da aprovação dos reguladores. 

“A Auren figura, atualmente, como a maior comercializadora de energia e uma das maiores geradoras de energia renovável do país e, por meio da JV, ganhamos ainda mais escala nessa transformação ao adicionar às competências, já presentes na companhia, a capilaridade e acesso aos canais de relacionamento já estabelecidos pelo nosso novo parceiro, a Vivo”, diz Mario Bertoncini, vice-presidente financeiro e de novos negócios da Auren, em comunicado. A companhia tem 3 GW de capacidade instalada.

Vice-presidente de estratégia e novos Negócios da Vivo, Ricardo Hobbs destaca a experiência da empresa na relação com clientes, e as transformações que devem ocorrer no mercado de energia com a abertura a novos clientes. “Em alguns anos todas as pessoas e empresas do país poderão escolher seu fornecedor de energia, o que mudará suas exigências quanto a prestação de serviço e atendimento.”

A abertura do mercado livre

Hoje, o mercado livre de energia permite que clientes conectados à rede de alta tensão (acima de 2,3 kV), com demanda contratada superior a 500 kW, possam escolher qual seu fornecedor de energia. São 36 mil unidades consumidoras nessa categoria no país.

A partir de janeiro, a regra muda e todos os consumidores ligados à alta tensão, independentemente do valor de demanda contratado, terão o mesmo direito. O potencial é de 72 mil novos clientes, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Por ora, são contemplados pela mudança estabelecimentos comerciais como padarias e supermercados, além de fábricas e escritórios. E discute-se a abertura total desse mercado no futuro, o que possibilitaria que clientes de baixa tensão e residenciais também escolhessem de quem querem comprar sua energia. 

A joint-venture focará em clientes com demanda inferior a 500 kW.