
O Brasil fez sua terceira emissão de dívida soberana atrelada a objetivos sustentáveis. O Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira (6) que a captação no exterior totalizou US$ 2,5 bilhões.
Nesse tipo de captação, os recursos são carimbados para projetos com benefícios ambientais e sociais, como os do programa Eco Invest e do Fundo Clima.
Segundo o relatório da emissão, entre 50% e 60% dos recursos serão destinados para fins ambientais: energia renovável, gestão sustentável de recursos naturais e do uso da terra; biodiversidade; gestão sustentável de água e efluentes; e adaptação a mudanças climáticas.
Os outros 40% a 50% do dinheiro serão para projetos sociais de combate à pobreza; segurança alimentar e sistemas alimentares sustentáveis; e acesso básico à infraestrutura.
Foram emitidos dois tipos de títulos: um novo papel com prazo de sete anos (chamado Global 2033 Sustentável), no total de US$ 1,5 bilhão, e a reabertura do título de 10 anos lançado no início deste ano (o Global 2035), no valor de US$ 750 milhões.
O rendimento do novo título (yield) ficou em 5,5% ao ano, abaixo das anteriores do mesmo tipo: 6,375% na segunda emissão (realizada em 2024) e 6,45% na primeira (feita em 2023).
“Um prêmio de risco historicamente baixo, refletindo a percepção favorável do mercado internacional quanto à credibilidade do país”, avalia o Tesouro Nacional, em nota.
A demanda dos investidores pelos papéis chegou a US$ 6,7 bilhões, principalmente vinda da Europa e América do Norte.
A operação foi coordenada pelos bancos Citibank, Deutsche Bank e Goldman Sachs.