Dada a largada – 1
Em um enorme complexo de pavilhões temporários, erguidos dentro e fora do Estádio Olímpico de Baku (na foto acima), foi aberta na manhã desta segunda-feira a COP29. A sigla resume o longo nome oficial do evento: 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.
Dada a largada – 2
A estrutura montada pelos anfitriões azerbaijanos parece é um enorme labirinto de galpões interconectados por corredores cobertos. É possível transitar por toda a COP sem ver a luz do sol. Os espaços são climatizados, mas do lado de fora a temperatura é amena neste primeiro dia de conferência: 15°C.
Tempo quente
Nas próximas duas semanas, o ar-condicionado pode precisar de ajuste: prometem ser acaloradas as negociações sobre fluxo de recursos para os países em desenvolvimento, item da agenda que vai definir o sucesso ou fracasso da COP29.
Passando o bastão – 1
O primeiro a falar na cerimônia de abertura foi Sultan al-Jaber, que transmitiu formalmente a presidência da conferência dos Emirados Árabes Unidos para Mukhtar Babayev, ministro de Ecologia e Recursos Naturais do Azerbaijão. Como seu antecessor, CEO da Adnoc, empresa nacional petróleo de Abu Dhabi, Babayev foi executivo da estatal petrolífera Socar por 24 anos antes de entrar para o governo.
Passando o bastão – 2
“Que a positividade prevaleça e seja o motor do processo. Que os resultados sejam mais duradouros que a retórica. Somos o que fazemos, não o que dizemos”, foram as palavras de al-Jaber para seu sucessor.
Apelo humano – 1
Simon Stiell, o secretário-executivo da Convenção do Clima da ONU, abriu seu discurso tentando humanizar a crise climática. O telão mostrou a foto de Stiell abraçado uma senhora na frente da ruínas de uma casa destruída pelo furacão Beryl. Florence, de 85 anos, é vizinha de Stiell, em Carriacou, uma das ilhas de Granada, no Caribe.
Apelo humano – 2
“Somos nós dois, em julho, no que restou da casa dela”, disse Stiell. “Florence se tornou uma de milhões de vítimas só neste ano da mudança do clima desenfreada. A convenção é o único lugar que temos para lidar com a crise implacável e para cobrar uns dos outros a responsabilidade pela ação.”