ESG segue no topo da agenda de empresas e investidores, mostra pesquisa

Apesar das críticas à sigla, tripé ambiental, social e governança deve ganhar reforço nas estratégias corporativas e de investimentos, diz Bloomberg Intelligence

ESG segue no topo da agenda de empresas e investidores, mostra pesquisa
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Investidores e executivos planejam reforçar suas estratégias ESG nos próximos anos, apesar das críticas e do ceticismo que cercam esse tipo de abordagem nos dias atuais, segundo a pesquisa ‘ESG Market Navigator’, realizada pela Bloomberg Intelligence. 

Entre os executivos, 84% dos entrevistados afirmam que fatores ESG ajudam a ter uma estratégia corporativa mais robusta, além de ser benéfica para a reputação da empresa e facilitar o acesso a capital.

No cenário atual, com os juros altos e tensões geopolíticas, 55% dos executivos veem ESG como uma das suas mais importantes prioridades. Mas, quando se trata do longo prazo, a maioria (81%) se preocupa em perder mercado se ficar atrás de seus pares na adaptação e afirma (84%) que critérios nessa linha são um fator material quando se trata de fusões e aquisições. 

O levantamento foi conduzido com 250 executivos C-level e 250 investidores dos Estados Unidos, dos Emirados Árabes Unidos e da região Ásia-Pacífico. 

Quando se trata das carteiras, entre grandes investidores, 85% deles projetam impulsionar seus investimentos em ESG nos próximos 5 anos e afirmam que esse tipo de aporte leva a melhores resultados, carteiras mais robustas e uma análise aprimorada do valor intrínseco dos ativos. 

Mesmo com desafios ligados à consistência de dados e regulação de fundos, aproximadamente 90% dos investidores disseram que investir em ESG pode proporcionar um retorno financeiro acima do resto do mercado nos próximos 12 meses e 86%, que tais critérios são peça-chave para atrair e reter clientes. 

“Esperamos que 2024 seja sobre responsabilidade ESG e uma era em que o diálogo entre investidor e empresa seja vital. 60% dos investidores responsabilizam as empresas em matéria de ESG, enquanto 40% dos executivos enfrentam questões ESG em mais de metade das suas chamadas de investidores”, diz a diretora global de pesquisa e estratégia ESG da Bloomberg Intelligence, Adeline Diab, em nota. 

De olho no futuro, 90% de todos os respondentes também disseram ver a inteligência artificial como um apoio para questões ESG, de forma a melhorar a rastreabilidade, gerar melhores dados e resolver controvérsias existentes por barreiras de linguagem.