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Curtas da COP: Greve em obras de Belém; 79 países confirmados; mais ajuda aos países pobres

Curtas da COP: Greve em obras de Belém; 79 países confirmados; mais ajuda aos países pobres

Faltando menos de dois meses para a COP30, em Belém, uma nova preocupação paira sobre a conferência: uma greve de trabalhadores da construção civil na capital paraense. Após muitas negociações e especulações, a ONU aumentou o valor de ajuda de hospedagem aos países pobres e o número de nações confirmadas subiu para 79 países.

Sem quórum, sem COP

Até agora, 79 países confirmaram hospedagem para a COP30 em Belém, segundo um balanço da UNFCCC, órgão climático da ONU. Outros 70 seguem em negociação a menos de dois meses do evento. O quórum necessário para as deliberações é de dois terços dos países signatários do Acordo de Paris, o que equivale a aproximadamente 130 nações.

O drama da hospedagem

Para aliviar os custos, a ONU aumentou a ajuda financeira para que os países mais pobres possam enviar representantes para eventos como a COP. A diária foi de US$ 144 para US$ 197. A demanda foi proposta pela presidência brasileira da conferência. O valor é válido para um número limitado de participantes e não acompanha a escalada de preços em Belém, onde os preços listados na plataforma oficial de hospedagem da COP30 chegam a US$ 600 por noite.

Greve nas obras

Os trabalhadores da construção civil de Belém iniciaram uma greve na última terça-feira, dia 16. Por falta de acordo entre empresas e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, a greve está mantida até o momento. Os trabalhadores pedem acréscimo de 9,5% nos salários e de R$ 270 na cesta básica. Até o fim da quinta-feira (18), somente uma empreiteira, a GPE, responsável pela construção do hotel da rede portuguesa Vila Galé, acatou as reinvindicações do sindicato. O acordo já foi fechado com os trabalhadores.

Segundo o sindicato dos trabalhadores, mais de 300 obras estão em andamento em Belém e a paralisação afeta 80% delas, com adesão de mais de 10 mil operários. A proposta mais recente do sindicato patronal é de aumento salarial de 6% e cesta básica de R$ 130. A entidade diz que a greve afetará obras de hotéis e imóveis públicos e privados, além de duas obras de infraestrutura da COP. O governo do Pará nega qualquer tipo de impacto.