A TPG Capital levantou US$ 5,4 bilhões no primeiro fechamento do Rise Climate, na maior captação para um fundo voltado para soluções climáticas do mundo e sublinhando o interesse amplo de investidores e grandes corporações pela estratégia.
Além dos tradicionais fundos de pensão, mais de 30 empresas — como a Alphabet (dona do Google), Apple, Boeing, GE, General Motors, Nike e Bank of America — contribuíram com US$ 1 bilhão, num movimento pouco usual, já que o mundo corporativo não costuma investir em private equity.
O Rise Climate será liderado pelo ex-secretário do Tesouro Americano, Hank Paulson, que antes fez carreira na Goldman Sachs e nos últimos anos tem se dedicado a unir temas de sustentabilidade e investimentos. Paulson, que também foi chairman da The Nature Conservancy, atuará ao lado de Jim Coulter, co-fundador da TPG.
“O fundo inclui um grupo único de investidores institucionais e corporativos. Essa nova mistura de capital e amplo comprometimento com a ação é um reconhecimento significativo da oportunidade de fazer diferente na trajetória de mudança climática”, afirmou Paulson em nota.
O novo veículo terá mandato amplo, indo desde negócios de forte crescimento até infraestrutura, com foco em energia limpa, transporte de baixo carbono, indústria verde, agricultura e soluções naturais.
O Rise Climate faz parte da plataforma de investimento de impacto da TPG, batizada de Rise. Criada em 2016 pelo TPG e em parceria com Bono Vox, vocalista do U2 e ativista ambiental, e Jeff Skoll, bilionário que fez fortuna com o eBay, o Rise Fund se tornou o maior fundo de impacto do mundo. (Bastidores: foi Bono quem convidou Hank Paulson para comandar o Rise Climate no começo deste ano.)
A nova captação praticamente dobra a capacidade da plataforma Rise, que chega a US$ 11 bilhões.
Assim como no primeiro fundo Rise, a versão Climate também terá mensuração de impacto. O fundo vai utilizar uma metodologia desenvolvida pela consultoria Y Analytics, nascida dentro da própria plataforma Rise, para estimar as toneladas de dióxido de carbono equivalente evitadas por dólar investido.
(Com edição de Natalia Viri)