(Atualizada às 13:21 para ajustar o tamanho esperado da oferta. O texto original falava em US$ 1 bilhão)
O Tesouro Nacional acaba de lançar a captação do primeiro bônus de dívida sustentável da República. A operação, que era aguardada com expectativa por marcar a estreia do Brasil nesse mercado, fecha ainda hoje.
O tamanho da emissão vai depender da demanda dos investidores, mas a expectativa do governo e dos bancos coordenadores é levantar pelo menos US$ 1,5 bilhão, podendo chegar a US$ 2 bi.
O bond tem prazo de 7 anos e taxa sinalizada a investidores é de 6,8% ao ano, ou um spread de 2,07 ponto percentual sobre os títulos do Tesouro americano de 5 anos, que servem como benchmark para o papel e estavam com taxa de 4,73% na abertura do mercado de hoje. A depender da demanda, a taxa pode cair.
Segundo um investidor, há estimativas de fechar em torno de 6,45% ao ano, ou seja, com um spread de 1,72 ponto percentual sobre a Treasury.
Segundo as informações da oferta, os recursos captados serão usados para rolar outras dívidas do governo. Mas, para conseguir o selo de sustentável para a emissão, o governo está se comprometendo a destinar valor igual ao da oferta a projetos verdes ou sociais que estejam contemplados no framework de dívida ESG elaborado pelo Tesouro e divulgado em setembro.
Os bancos coordenadores são Itaú BBA, Santander e J.P. Morgan. Os papéis devem sair com rating de crédito ‘Ba2’ pela Moody’s, ‘BB-‘ pela S&P e ‘BB’ na Fitch.