A Rumo acaba de lançar uma emissão de green bonds para captar US$ 500 milhões, conforme antecipou o Reset.
Os títulos têm prazo de sete anos e a companhia espera fechar a operação amanhã.
Trata-se da primeira emissão do tipo pelo grupo Cosan e a maior emissão de títulos verdes no mercado externo por uma empresa brasileira desde março do ano passado, quando a Klabin levantou US$ 500 milhões. (A Marfrig levantou US$ 500 milhões em julho de 2019 com ‘títulos de transição’.)
Os recursos serão utilizados para investimentos que devem reduzir o consumo de combustível e gerar menor emissão de gases de efeito estufa, como modernização das ferrovias e troca de material circulante.
O parecer de segunda opinião é da Sustainalytics e a operação conta com o selo da Climate Bonds Initiative (CBI).
É também a primeira emissão no Brasil de um green bond por parte de uma empresa de transporte ferroviário.
Recentemente, o Ministério da Infraestrutura fechou uma parceria com a CBI para que os projetos que devem sair nos próximos leilões já saiam com certificação para emissão de títulos verdes.
A operação da Rumo vai testar o apetite do mercado não só para títulos verdes, mas para emissões externas de nomes nacionais no pós-covid.
A Petrobras fez uma emissão de US$ 3,25 bi no fim de maio, e a Nexa, mineradora do grupo Votorantim — que faz a maior parte de suas receitas na América Latina, mas fora do Brasil —, levantou US$ 500 milhões há duas semanas.
Os coordenadores globais da emissão da Rumo são Itaú BBA, Morgan Stanley e Santander. Bradesco BBI, JP Morgan, BTG Pactual, Citigroup e Goldman Sachs são joint bookrunners.