O acesso à tecnologia e à educação é capaz de impulsionar a participação da população negra no mercado de trabalho e sistema de inovação em meio a um sistema estruturalmente racista.
É com essa crença que, desde 2016, existe a BlackRocks Startups. A empresa funciona como um hub de inovação e, nesta semana, disponibilizou o primeiro mapeamento completo de startups fundadas por pessoas negras no Brasil.
São 646 negócios listados, com detalhes do perfil da empresa e dados de contato para facilitar conexões.
“O objetivo é deixar públicas informações preciosas destas empresas – nome, área de atuação, região, site, fundador e outros dados – para que ganhem mais visibilidade, recebam investimentos e façam negócios reais e lucrativos”, diz Maitê Lourenço, CEO da BlackRocks.
O mapeamento mostrou que a maioria das startups lideradas por pessoas negras se concentra no Sudeste (308), seguido por Nordeste (161), Sul (78), Norte (52) e Centro-Oeste (47).
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Em relação às áreas em que atuam, a maioria informou estar em educação (11,2%), saúde e bem-estar (9,5%) e finanças (8,3%).
Entre os demais segmentos são citadas e-commerce ou marketplace, agronegócios, desenvolvimento de software, recursos humanos e recrutamento, comunicação e marketing, construção civil, gestão, venda por varejo ou atacado, alimentação, entre outros.
A ideia é que mapeamentos semelhantes sejam feitos com frequência.
“Nosso propósito é continuar realizando análises comparativas, com as quais teremos a possibilidade de pautar a atuação de setores públicos, privados e terceiro setor cada vez mais cientes dos desafios e oportunidades de construir, manter e melhorar o ecossistema de startups brasileiro”, afirma Lourenço.
A lista de startups é um segundo passo do “Blackout – Mapa das Startups”, um estudo realizado pela empresa, em parceria com a ABStartups, em 2021. Nele, foram registradas mais de 2,5 mil respostas por startups – 25,1% com fundadores negros. A maioria delas fundadas entre 2019 e 2021.
