Recessão no radar afeta planos ESG das empresas, aponta KPMG

Metade dos CEOs ouvidos pela firma de consultoria disseram que vão pausar ou reconsiderar seus esforços ESG ao longo dos próximos seis meses

semáforo com a luz vermelha acesa
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A piora nas perspectivas econômicas em todo o mundo está afetando os planos ESG das empresas, mostra um estudo divulgado pela KPMG. 

Cerca de metade dos CEOs ouvidos pela firma de consultoria disseram que vão pausar ou reconsiderar seus esforços presentes ou futuros em ESG ao longo dos próximos seis meses. Outros 34% já revisaram esses planos. 

“À medida que os CEOs tentam isolar seus negócios de uma futura recessão, os esforços em ESG estão ficando sob pressão financeira crescente”, afirmou Jane Lawrie, líder para assuntos corporativos da KPMG no material divulgado hoje

Mais de oito a cada dez CEOs preveem uma recessão ao longo dos próximos 12 meses, de acordo com o CEO Outlook, realizado anualmente. 

Foram ouvidos 1325 CEOs em diversos setores e países, entre 12 de julho e 24 de agosto. 

Menos da metade dos líderes consultados pela pesquisa concordam que os programas ESG melhoram a performance financeira: 45%, num número mais exato. É um aumento em relação ao 37% reportados no ano passado. 

Mas os CEOs vêem crescente pressão por parte dos stakeholders: 72% afirmam que o escrutínio de investidores e consumidores em relação a ESG deve continuar a acelerar, contra 62% um ano antes. 

Cresceu também a preocupação com greenwashing. Na pesquisa de 2021, apenas 8% afirmavam o ceticismo dos investidores em relação a seriedade das metas era crescente, percentual que passou para 17% neste ano.