A Vibra recusou a oferta de fusão feita pela Eneva ontem. O conselho de administração da distribuidora de combustíveis considerou a proposta “injustificável”, segundo fato relevante publicado após o fechamento dos mercados.
A proposta de “fusão entre iguais” apresentada pela Eneva – em que cada uma das empresas ficaria com 50% da companhia resultante – não foi bem recebida.
“Fica evidente que os termos de troca propostos para a combinação pretendida pela Eneva não possuem qualquer atratividade para os acionistas da Vibra”, diz no comunicado o CFO Augusto Ribeiro Junior.
“Não entramos no mérito estratégico de uma possível fusão neste momento. Contudo, as potenciais sinergias indicadas na proposta precisam ser aprofundadas e foram, em grande medida, baseadas na solidez da nossa própria estrutura de capital e base única de clientes.”
O ponto é que o valor de mercado das companhias não é o mesmo. A Eneva vale cerca de R$ 20 bilhões na bolsa, e a Vibra, R$ 25 bi. Ou seja, ao propor que cada uma represente metade da empresa resultante, a Eneva está se atribuindo um prêmio nada desprezível.
No documento, Ribeiro afirma ainda que o conselho entende “ser essencial maior esclarecimento sobre o modelo de governança pretendido, caso a combinação de negócios venha eventualmente a ser consumada”. A Vibra deve seguir atenta à nova manifestação da Eneva.
O papel da Vibra fechou o pregão com alta de 0,78%, enquanto a Eneva caiu 3,06%.