A partir desta sexta-feira, as ações da Americanas não vão mais integrar o Índice de Sustentabilidade da B3 – que, em teoria, reúne as empresas mais avançadas em temas ambientais, sociais e de governança (ESG) da bolsa brasielira.
Depois do anúncio do rombo de R$ 20 bi descoberto nas demonstrações financeiras na noite da última quarta-feira (11), a bolsa tinha colocado a empresa sob observação e estava deliberando sobre sua exclusão da carteira.
Mas o pedido de recuperação judicial, protocolado nesta tarde, saiu antes. Com isso, pelo regulamento da bolsa, companhia deixa de integrar todos seus índices, incluindo o Ibovespa.
O caso deve trazer discussões sobre a falta de tempestividade para corrigir distorções no ISE. A Americanas era a 12ª empresa com melhor pontuação no índice, de um total de 70 componentes, com a melhor nota em governança.
A nova metodologia do ISE estabelece que, em casos de eventos adversos, a bolsa tem até 15 dias corridos para decidir sobre a exclusão de uma companhia.
Em nota, a B3 informou que começou o “plano de resposta a eventos relacionados ao ISE” no dia 12.
“Os procedimentos estabelecidos no plano foram realizados e deliberou-se pela exclusão da empresa da carteira do ISE B3. Porém, devido à listagem sob título de ‘recuperação judicial, a empresa será excluída conforme tratamento dos outros índices”, adicionou.