No segundo ano de vigência de uma nova metodologia, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 terá uma carteira formada por um número muito maior de empresas.
A carteira para 2023, anunciada hoje, tem 70 ações, contra 47 no ano anterior. Não houve nenhuma saída. A título de comparação, o Ibovespa, índice de referência da Bolsa, tem 89 papéis.
Algumas empresas que entraram neste ano: Aeris, Aliansce Sonae, Ambev, Assaí, B3, Banco Pan, BRF, CBA, Cogna, Cteep, Dasa, Eneva, Gafisa, Grendene, Guararapes, Hypera, Irani, Raízen, Rede Dor, Sanepar, SLC Agrícola, Santos Brasil, Usiminas e Vamos.
As maiores participações no índice, que, além do valor de mercado, é ponderado pelas notas obtidas pelas empresas nos questionários que levam em consideração pontos ambientais, sociais e de governança, continuaram a ser ocupadas por nomes que já constavam na lista anterior.
Na ordem: Vivo, Lojas Renner, Klabin, Bradesco e Engie, com fatias que variam de 2,44% a 2,30% da carteira.
Num primeiro olhar, chama atenção a inclusão da Eneva, empresa com seu core business no setor de gás natural, mas que ainda faz boa parcela da receita com usinas movidas a carvão mineral – e por isso, entra na lista de exclusão de alguns fundos com políticas mais restritivas para combustíveis fósseis.
O índice avalia as empresas em seis dimensões: capital humano, governança corporativa e alta gestão, modelo de negócio e inovação, capital social, meio-ambiente e mudança climática.
Entram no índice empresas que pontuam acima de uma nota de corte e não zeram em nenhum dos seis aspectos acima.
O dashboard com as notas de cada empresa participante que respondeu ao questionário e um relatório individual sobre elas ainda não estão disponíveis para 2023 e devem ser publicados nas próximas semanas. Por enquanto, apenas as pontuações de 2022 estão disponíveis.
Nova metodologia
No fim de 2021, em meio à ascensão dos investimentos ESG, a B3 definiu uma nova metodologia para seu principal índice de sustentabilidade, que existe desde 2005, para tentar superar problemas apontados pelos investidores, especialmente em relação à falta de clareza para inclusão e exclusão de papéis.
O novo ISE se baseia numa pontuação ESG das empresas, que é pública e define o peso de cada companhia na carteira. Até então, a ponderação variava apenas de acordo com o valor de mercado das companhias.
Outra mudança importante em relação à metodologia anterior é que o questionário foi enxugado e refinado para entregar resultados mais materiais.
Entraram também em campo dois provedores de informações externas para dar mais independência na avaliação de questões climáticas e de reputação: o CDP e o RepRisk, respectivamente.
São chamadas para responder ao questionário do ISE as 200 empresas mais líquidas da bolsa.
Carteira completa do ISE
Fazem parte do índice que passa a vigorar em 2 de janeiro:
- Aeris
- AES Brasil Energia
- Aliansce Sonae
- Ambev
- Ambipar
- Americanas
- Arezzo
- Azul
- B3
- Banco do Brasil
- Banco Pan
- Bradesco
- Braskem
- BRF
- BTG Pactual
- CCR
- Cemig
- Cia Brasileira de Alumínio
- Cia Brasileira de Distribuição
- Cielo
- Cogna Educação
- Copel
- Cosan
- CPFL
- CTEEP
- Dexco
- Diagnósticos da América
- Ecorodovias
- EDP
- Eletrobrás
- Eneva
- Engie
- Fleury
- Gafisa
- Grendene
- Guararapes
- Hypera
- Iochpe Maxion
- Irani Papel e Embalagem
- Itaú Unibanco
- Itausa
- Klabin
- Light
- Lojas Renner
- M. Dias Branco
- Magazine Luiza
- Marfrig
- Minerva
- Movida
- MRV
- Natura
- Neoenergia
- Raia Drogasil
- Raízen
- Rede D’or
- Rumo
- Sanepar
- Santander
- Santos Brasil
- Sendas
- Simpar
- SLC Agrícola
- Suzano
- Telefônica
- Tim
- Usiminas
- Vamos
- Via
- Vibra
- Weg