Cinco empresas brasileiras no Oscar da transparência ambiental

Conheça as empresas que entraram no A-List do CDP, referência na divulgação de dados sobre mudanças climáticas, segurança hídrica e desmatamento; só uma é triple-A

Cinco empresas brasileiras no Oscar da transparência ambiental
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As brasileiras Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), Dexco, Klabin, Suzano e Telefônica Brasil (Vivo) entraram na A-list do CDP, alcançando a nota máxima no que se refere à transparência e ação ambiental em pelo menos um de três temas: mudanças climáticas, segurança hídrica e desmatamento. 

Ao todo, mais de 330 empresas globais alcançaram a nota máxima em ao menos um dos quesitos, mas apenas oito delas eram latino-americanas – metade no setor de papel e celulose. 

Trata-se de uma espécie de Oscar da transparência ambiental: o CDP é referência na divulgação de dados de empresas, cidades, estados e regiões e é endossado por cerca de 680 investidores com mais de US$ 130 trilhões em ativos. Cerca de 18.700 companhias reportam por meio da plataforma. Destas, 1300 são brasileiras.

Na lista das empresas vencedoras no Brasil, apenas a Klabin, de papel e celulose, foi ‘triple A’, com nota máxima nos três temas abordados pela iniciativa. 

A Suzano, do mesmo setor e que integra a lista pela primeira vez, foi contemplada pelo seu desempenho em segurança hídrica. Telefônica Brasil e CBA, por mudanças climáticas. Já a Dexco se destacou nas divulgações sobre a política florestal e desmatamento. 

Neste ano, o número de empresas que alcançou o ‘A’ em todo o mundo foi 34% maior do que em 2021, mas a representatividade do Brasil caiu de sete empresas para cinco. 

“Investir em transparência é essencial para que as organizações ajudem a alcançar as metas de combate às mudanças climáticas”, afirma Lais Cesar, gerente de desenvolvimento de negócios da CDP Latin America, em nota. 

Entre as cidades, 122 foram consideradas A em todo o mundo, numa lista que inclui apenas o Rio de Janeiro entre as brasileiras. Na América Latina, estão também: Buenos Aires (Argentina), Peñalolén (Chile), Sabaneta (Colômbia), Quito (Equador), Guadalajara (México), Cidade do México (México) e Lima (Peru).

Para obter uma nota A, empresas, cidades e regiões devem divulgar publicamente na plataforma do CDP, ter um inventário de emissões e publicar um ano de ação climática, entre outros critérios. 

Os critérios para avaliação dos compromissos de redução de emissões estão em linha com as metas baseadas na ciência. O CDP é um dos membros fundadores do Science Based Targets Initiative, que avalia se os planos estão no caminho para limitar o aquecimento global a 1,5ºC.