A Aegea, maior empresa privada de saneamento do país, fechou ontem a emissão de US$ 500 milhões em bonds no mercado externo com vencimento em sete anos e metas de sustentabilidade.
Os juros estão atrelados a um compromisso ambiental, de reduzir em 15% o consumo de energia por metro cúbico de água tratada, e dois compromissos de diversidade: atingir 45% de mulheres e 27% de negros em cargos de liderança até 2030. Hoje esses percentuais estão em 32% e 17%, respectivamente.
Trata-se da primeira empresa brasileira a emitir um título com metas de diversidade racial.
Nos chamados sustainability-linked bonds (SLB), há uma penalidade na taxa de juros casos os compromissos ESG não sejam cumpridos.
Na emissão da Aegea, a medição se dará no meio do caminho.
Se até 2025 a empresa não tiver atingido 8% de redução na intensidade de energia, 38% de mulheres e 22% de negros em cargos de liderança, as taxas podem subir até 25 pontos-base.
A emissão saiu com juros de 6,75% ao ano.
O parecer de segunda opinião sobre os atributos ESG foi emitido pela Sustainalytics, que avaliou todos os compromissos como “fortes” e “ambiciosos”.