A Vale estuda vender uma participação minoritária em seus negócios de níquel e cobre para aproveitar o crescimento na demanda por esses metais, usados em componentes como baterias.
A informação foi revelada pelo Financial Times e confirmada pela empresa. A Vale contratou o banco Goldman Sachs para avaliar uma venda que pode chegar a US$ 2,5 bilhões.
Traders de metais japoneses e fundos soberanos do Oriente Médio seriam potenciais interessados. Propostas seriam apresentadas já em novembro, segundo o jornal britânico.
O objetivo da companhia seria se capitalizar para explorar os tipos de metais que vão sustentar a transição para uma economia de baixo carbono. A explosão do interesse por veículos elétricos nos países desenvolvidos é a face mais visível dessa demanda.
A mineradora brasileira discute contratos de fornecimento de longo prazo com Volkswagen, Ford e GM. Depois do sucesso da Tesla, as fabricantes de veículos estão inteiramente concentradas em desenvolver modelos para um mundo sem motores a combustão.
O negócio de metais-base da Vale teria um valor de US$ 25 bilhões, segundo o FT. Apesar de pequeno diante do minério de ferro, a empresa é uma das maiores produtores de níquel fora da Ásia.
Uma reorganização da holding anunciada na semana passada teria sido um passo para permitir que a unidade de metais pudesse ser avaliada à parte.