Mercado livre de energia une economia e sustentabilidade

ENGIE, líder em energia renovável no Brasil, conta que fará a migração 500 de empresas para esse mercado. Expectativa é que movimento ganhe corpo em 2024 com nova regulação

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Mercado livre de energia une economia e sustentabilidade
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No último semestre de 2023, mais de dez mil pequenas e médias empresas começaram a migrar para o mercado livre de energia elétrica, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).  A intenção delas é reduzir gastos com a conta de energia elétrica e ainda escolher e certificar o uso de fontes limpas, reforçando a agenda de sustentabilidade. 

Até 11 de dezembro de 2023, 12.660 consumidoras pediram o desligamento da distribuidora e solicitaram adesão ao mercado livre.  

Esse movimento, que será intensificado em 2024 e simboliza a maior abertura do mercado livre de energia da história no Brasil, ocorre por conta de uma nova regulação lançada pelo governo federal. 

Uma portaria de setembro de 2022 estabelece que a partir de 1º de janeiro de 2024 todas as empresas ligadas à rede de alta tensão poderão escolher o fornecedor de energia elétrica. 

“Há muita demanda por informação para que se possa entender o que representa essa liberdade e quais vantagens ela traz”, diz Maury Garrett, gerente de Comercialização de Energia da ENGIE Brasil Energia. 

Cerca de 500 unidades consumidoras estão migrando suas operações no mercado livre com a empresa, movimento que deve ganhar corpo nos próximos meses. 

“Aqui na ENGIE, a ampliação do mercado livre atingirá empresas com gastos mensais a partir de R$ 9 mil, o que muda o paradigma e permite também atrelar a escolha da energia à sustentabilidade”, afirma Lívia Godoy, coordenadora de Produtos e Inteligência de Mercado da empresa. 

Além do interesse em economizar, a migração para o mercado livre atrai por outro fator: sustentabilidade. O ingresso no mercado livre permite escolher se a energia comprada vem de usina hidrelétrica ou eólica e também possibilita comprar certificados para atestar essa escolha para a sociedade. 

Isso ganha importância em um momento em que a agenda ESG está cada vez mais no foco da estratégia de clientes. Empresas pequenas e médias agora sofrem a pressão das grandes, que têm buscado quantificar e reduzir sua pegada de carbono. 

A preocupação com o escopo 3, ou seja, as emissões da cadeia de fornecedores, é crescente, e os fornecedores que não se adaptarem tendem a perder mercado. 

Um mercado mais inclusivo

Ter liberdade na escolha do fornecedor de eletricidade não é novidade no Brasil. A primeira migração para o mercado livre foi registrada em novembro de 1999. De lá até 2023, mais de 12 mil empresas se tornaram consumidoras livres. Esse segmento representa hoje cerca de 40% da energia consumida no Brasil.

A decisão do governo federal de ampliar o mercado livre a partir de janeiro trará um novo perfil de clientes.  Entre 1999 e 2023, o mercado era concentrado em grandes empresas que gastavam mais de R$ 50 mil mensais em contas de luz. Isso agora mudou.

A partir de janeiro, pequenas e médias empresas com contas a partir de R$ 10 mil mensais, segundo estimativas da Associação Brasileira das Comercializadoras de Energia Elétrica (Abraceel), terão condições de se tornarem consumidores livres.

“Há restaurantes, há pequenas metalúrgicas, há supermercados que estão querendo saber como migrar”, diz Garrett. 

Essa mudança do perfil coincide com o surgimento de novos produtos, mais adaptados às pequenas e médias empresas. 

Para facilitar o acesso desses clientes ao mercado livre, a ENGIE criou produtos para as pequenas e médias empresas. Um deles é o E-conomiza, ideal para empresas que não dispõem de uma equipe dedicada à gestão de contratos e que procuram economia de energia e sustentabilidade.

Vantagem financeira

Ao permitir que toda a empresa ligada à alta tensão possa escolher seu fornecedor, o ambiente de livre comercialização irá mudar de tamanho. Hoje ele, que reúne 12 mil empresas, poderá receber outras 70 mil, segundo estudo recente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). 

O mercado livre, que hoje responde por 40% do consumo do país, poderá representar quase metade da demanda do país, com esse acréscimo de novas empresas.

Por que a adesão deve ser crescente? A liberdade permite que o consumidor tenha acesso a preços mais baixos do que no mercado cativo (atendido pelas distribuidoras locais).

Dados da Abraceel indicam que os consumidores livres gastaram R$ 339 bilhões a menos na compra de energia entre 2003 e 2022 do que se fossem atendidos por distribuidoras. Apenas em 2022, a economia em relação ao mercado cativo foi de R$ 41,2 bilhões. Isso ocorre porque, no mercado livre, as empresas podem negociar preços, prazos e condições. 

Como fazer a mudança?

O interesse das empresas no ambiente de livre comercialização coincide com dúvidas das empresas em relação à migração. A primeira coisa a se saber é se sua empresa está ligada à alta tensão. Segundo, para ingressar no mercado livre de energia elétrica, é preciso avisar sua distribuidora atual com seis meses de antecedência. Um terceiro passo é identificar um parceiro para ajudar na migração. 

“A solidez da empresa que atenderá o cliente no ambiente livre passa a ser ainda mais importante passa a ser ainda mais importante”, diz Godoy. Presente desde 1998 no Brasil, a ENGIE é a líder em energia renovável no Brasil e atua tanto na transmissão quanto na comercialização. 

Godoy destaca ainda que o consumidor livre não precisará ter equipe própria para gerenciar a compra e venda de contratos de energia. 

“A nova regulação faz com que todo o processo possa ser feito por uma empresa da área de energia, ou seja, a indústria ou a loja que migrar para o mercado livre pode usufruir dos benefícios dele e focar sua atenção no seu negócio”, observa. 

Apelo sustentável

Ingressar no mercado livre de energia elétrica permite ainda escolher fontes limpas de energia e atestar para a sociedade essa escolha,  por meio de certificados que mostram que sua empresa opera com base em fontes limpas de energia elétrica. 

Para apoiar outras empresas na jornada de descarbonização, a ENGIE tem feito da inovação uma grande aliada. Exemplo disso é a digitalização da compra de I-REC – certificado que comprova a origem renovável da eletricidade consumida – no Energy Place, plataforma digital de comercialização e relacionamento desenvolvida pela empresa.  

O I-REC é um sistema global de rastreamento de atributos de energia renovável, que permite a todos os consumidores de energia elétrica fazer uma escolha consciente. Hoje o Brasil é um dos três maiores mercados desses certificados no mundo.

A ENGIE pode comercializar I-RECs de fonte hidrelétrica, com baixa pegada de carbono, o que pode atestar o compromisso do consumidor livre com o meio ambiente. A ENGIE também comercializa créditos de carbono e ENGIE-RECs (contratos de energia renovável).

Sobre a marca:

Empresa líder em energia renovável do país, atua em geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas.