Numa pequena comunidade no interior do Maranhão, onde se chega apenas por um rio, amostras de sangue são recolhidas e transportadas de barco. Ao chegar em terra firme, essas amostras — colhidas em papel filtro para resistir melhor à temperatura ambiente, sem refrigeração — seguem de motocicleta até o aeroporto mais próximo. A partir daí, voam para alcançar uma das 20 áreas técnicas dos laboratórios Fleury e Pardini, especializadas numa grande gama de análises — de teste do pezinho para bebês a exames toxicológicos e diagnósticos de doenças raras. Em até 24 horas após a coleta, em média, o resultado está disponível online para o cliente.
Toda esta logística acontece graças ao Lab-to-Lab Pardini, serviço de apoio laboratorial que em 2023 foi integrado ao Grupo Fleury, após a combinação de negócios entre a companhia e o Grupo Pardini. O modelo reúne uma rede de cerca de 7,7 mil parceiros espalhados por todo o Brasil e tornou-se referência internacional. O Lab-to-Lab pretende ampliar ainda mais sua capilaridade e agilidade com o uso de drones para transportar amostras biológicas colhidas em localidades de difícil acesso.
“Em algumas situações, para atravessar de uma margem à outra do rio é preciso dar uma volta que leva quase dois dias. Com os drones, é possível atravessar muito mais rápido, especialmente agora que os equipamentos estão ganhando mais autonomia de voo e maior capacidade de carga”, explica o médico Roberto Santoro, presidente da Unidade de Negócio Lab-to-Lab do Grupo Fleury. Para superar estes desafios de infraestrutura e aumentar a eficiência do atendimento, a empresa testa novas rotas via drone.
Com testes já realizados na região de Carajás, no Pará, a empresa aguarda apenas regulamentação para implementar o novo modal. “Do ponto de vista técnico-operacional não existe dificuldade. Agora é uma questão de desenvolver o marco regulatório. Acredito que nos próximos anos poderemos dispor desta modalidade de transporte”, avalia Santoro. Além do acesso a áreas remotas, o uso de drones reduz o tempo do transporte de materiais, a emissão de gases de efeito estufa e os custos gerais.
Na região urbana de Salvador (BA), o Lab-to-Lab já opera uma rota de 15 quilômetros, com capacidade para cargas de até 5,8 quilos. O tempo de percurso é 59% menor e há uma redução de quase 100% na emissão de CO2, em um ano, na comparação com o transporte por automóvel.
Democratização e tecnologia de ponta
A operação Lab-to-Lab Pardini proporciona a realização de exames que não seriam viáveis localmente, por conta da baixa demanda ou das grandes distâncias. A logística criada pela rede democratiza o acesso a diagnósticos. “Eu nunca conheci, no sistema privado, algo tão acessível quanto o Lab-to-Lab. Somos, provavelmente, a maior rede integrada de diagnóstico e de acesso ao sistema suplementar de saúde no Brasil, proporcionando não só exames, mas também transferência de conhecimento e de tecnologia”, diz Santoro.
O modelo hoje atende cerca de 2.200 municípios de todo o Brasil, com 451 rotas e mais de 126 mil quilômetros percorridos diariamente. E oferece um portfólio de mais de nove mil testes distintos. Só em 2023, foram realizados em torno de 136 milhões de exames, o que corresponde a cerca de 45% do total processado pelo Grupo Fleury e 20% de seu faturamento.
Atualmente, cerca de 30% dos exames realizados pelos laboratórios parceiros da Unidade Lab-to-Lab atendem serviços do SUS via contratos firmados com as secretarias municipais de saúde. “O programa funciona de maneira complementar ao atendimento da saúde da família, ao oferecer acesso a um portfólio amplo de exames inclusive em áreas remotas. E sem que as pessoas tenham que se deslocar para um grande centro, evitando custos adicionais, riscos e maior impacto ambiental”, explica Santoro.
Além de empenhar sua inteligência logística para recolher exames em áreas afastadas, transportá-las com segurança e analisá-las com tecnologia de ponta e alta expertise profissional, o Lab-to-Lab presta serviços de telerradiologia e telecardiologia, com interpretação de exames e formulação de laudos à distância para tomografias computadorizadas, ressonâncias magnéticas e exames cardiológicos.
“Às vezes, o hospital de um município menor oferece o serviço de ressonância magnética, por exemplo, mas não tem médicos disponíveis 24 horas por dia para analisar exames altamente especializados como uma imagem de neurorradiologia. Em casos como este, o Lab-to-Lab tem especialistas para realizar o laudo à distância”, explica Santoro.
Para os laboratórios parceiros, o Lab-to-Lab também oferece a Pardis, marketplace para compra de insumos como luvas, aventais, tubos e kits para a realização de exames. A ferramenta permite digitalizar a jornada de compra de insumos de dezenas de fabricantes, distribuidores e representantes nacionais e internacionais a preços competitivos.
Sempre com foco na parceria como forma de impulsionar o crescimento dos laboratórios e levar mais saúde para os brasileiros, em junho o Lab-to-Lab Pardini lançou uma plataforma de conteúdo de medicina diagnóstica. O Mundo Lab-to-Lab é um ambiente no qual os parceiros podem acessar informações sobre gestão, atualização e possibilidade de crescimento de seus negócios.
Alinhado aos ODS da ONU
As ações do segmento Lab-to-Lab Pardini estão comprometidas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). E seus resultados contribuem diretamente para quatro deles – ODS 3 (Saúde e Bem Estar), ODS 4 (Educação de Qualidade), ODS 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura) e ODS 13 (Ação contra a Mudança Global do Clima).
Ao longo de 2023, a Universidade Corporativa do Grupo Fleury, em parceria com o Lab-to-Lab Pardini, ministrou mais de 12 mil horas de treinamento para laboratórios parceiros e quase 20 mil pessoas foram impactadas. Ao alinhar suas ações educacionais às metas do ODS 4, a companhia não só contribui para a formação de profissionais mais qualificados e conscientes, como também reforça o seu compromisso com a educação de qualidade e o desenvolvimento de competências que fortalecem o setor de saúde no Brasil, criando um impacto social positivo.
Já o uso da tecnologia de drones na operação do Lab-to-Lab Pardini (ODS 9 e ODS 13) é particularmente relevante na redução da pegada de carbono do segmento que, devido à natureza do negócio, exige que milhares de quilômetros sejam percorridos diariamente entre as unidades e laboratórios para o transporte de amostras.
No ano passado, os cerca de 8 mil quilômetros percorridos pela rota de Salvador evitaram a emissão de 1.379,2 kg de gases de efeito estufa na atmosfera.
Sobre a marca:
O Grupo Fleury é reconhecido como uma referência de qualidade em medicina diagnóstica no país, com soluções completas, coordenação de cuidado centrada no indivíduo, capacidade de inovação e tecnologia.