BID quer triplicar aposta em financiamento climático e chegar a US$ 150 bi

Países da América Latina e Caribe devem receber os recursos ao longo da próxima década

vista aérea de trecho de floresta amazônica cortada por rio e céu azul com nuvens
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O Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (Grupo BID) diz que vai triplicar os recursos para financiar soluções para mitigação e adaptação climática na América Latina e Caribe. O volume deve chegar a US$ 150 bilhões ao longo da próxima década.

Os recursos incluem apoio aos países membros do BID e a recapitalização antecipada do BID Invest, seu braço para o setor privado. 

Se o plano se concretizar, o BID será um dos primeiros bancos multilaterais de desenvolvimento a atender a recomendação do G20 de triplicar o financiamento climático. 

“Isso significa aumentar o financiamento climático direto e mobilizado para a América Latina e o Caribe, expandir nosso trabalho com bens públicos globais, como a Amazônia, catalisar a participação do setor privado e desenvolver novos instrumentos financeiros para que possamos mobilizar mais capital para a ação climática”, disse o presidente do BID, Ilan Goldfajn, na COP28, em Dubai.

O banco é a principal fonte de financiamento de longo prazo da região e destaca, em nota, a expectativa de se tornar parte da solução para a nova economia com a floresta amazônica, alta participação de energias renováveis e abundância de reservas minerais para transição verde. 

O programa Amazônia Sempre, que visa proteger a riqueza natural da região e acelerar seu desenvolvimento sustentável, vai receber mais US$ 5 bilhões em financiamento adicional na próxima década, prometeu o BID. 

Também foi anunciado hoje em Dubai que os bancos públicos de desenvolvimento da região amazônica que compõem a Coalizão Verde pretendem mobilizar entre US$ 10 bi e US$ 20 bi para a criação de uma plataforma de desenvolvimento sustentável na Amazônia, de 2024 a 2030. A coalizão, que inclui BID e BNDEs, foi criada em agosto na Cúpula da Amazônia.