A Celcoin, startup que atua como uma plataforma de open finance, levantou R$ 55 milhões em uma rodada de captação Série B, que marcou a entrada da Sinqia, que atua provendo soluções tecnológicas para o mercado financeiro e é listada em Bolsa.
Por meio de seu braço de venture capital, a Torq Ventures, a companhia entrou com R$ 15 milhões e foi acompanhada pelo fundo de impacto Vox Capital e pelo boostLab, hub de inovação do BTG Pactual, que já eram acionistas.
O novo aporte veio menos de um ano depois de a Vox liderar uma rodada de R$ 23 milhões no negócio, que trouxe também o boostLab para a startup, e dá fôlego para a Celcoin competir num mercado cada vez mais em evidência, o de banking as a service.
Nos últimos meses, startups como FitBank, Iugu e Conductor, que também atuam com a modernização dos serviços financeiros, também receberam cheques gordos.
A Celcoin não abre números de valuation, mas afirma que foi avaliada em 5 vezes o valor da rodada realizada no ano passado.
Fundada em 2016 por Marcelo França e Adriano Meirinho, a Celcoin oferta infraestrutura de serviços financeiros por meio de APIs, que permitem que seus clientes desenvolvam suas próprias plataformas para movimentar dinheiro pela internet através de transações de PIX, recargas de celular, pagamento de boletos, compras online etc.
“Somos o grande ‘Lego’ de serviços financeiros abertos por trás dos bancos digitais e fintechs. Pavimentamos o caminho para escalarem oferecendo funcionalidades que eram restritas aos grandes bancos”, afirmou França durante o anúncio.
O sistema é útil para dois mundos.
De um lado, mais de 36 mil pequenos comerciantes conseguem aumentar sua renda oferecendo o serviço de pagamento de contas à população desbancarizada nos rincões do país, poupando a visita ao banco ou à casa lotérica.
Na prática, atuam como correspondentes bancários, sem estarem ligados a um banco. Foi essa tese de inclusão financeira que atraiu a Vox Capital para o capital em 2019.
Por outro lado, bancos e fintechs também utilizam os sistemas da Celcoin.
Com 170 clientes e projeção para terminar o ano com 250 empresas na carteira (entre elas, clientes da Sinqia), a Celcoin cresceu mais de quatro vezes nos últimos 12 meses e já atende 8 milhões de pessoas mensalmente. O volume transacionado supera R$ 1,5 bilhão por mês.
A captação feita hoje deve ser utilizada para acelerar o desenvolvimento de novos produtos da Celcoin e para realizar aquisições. A fintech também pretende obter licenças para expandir seus serviços financeiros, principalmente na área de open Banking.