Alô, Petrobras!
As petroleiras europeias vêm se comprometendo com a neutralidade de carbono. Nesta semana, a BP finalmente anunciou um plano que parece mais factível para chegar lá, prometendo cortar em até 40% a produção de petróleo e gás até 2040 e investir até US$ 5 bilhões por ano construindo um dos maiores negócios de energia renovável do mundo. As metas devem colocar pressão sobre outras empresas do setor, como a Shell, que vinha liderando os esforços na área, escreve a Bloomberg.
Dá para fazer?
Em outra matéria, a agência de notícias desdobra as metas ambientais do plano — e o quão factíveis ou ambiciosas elas são. Já a Lex Column, do FT, analisa os desafios da transição do ponto de vista financeiro: mais de metade da geração de caixa da BP vem da produção de petróleo.
Da hashtag…
A pandemia e a morte de George Floyd nos EUA colocaram de vez a diversidade no discurso das empresas. Mas, para sair da cacofonia de boas intenções e de fato fazer diferente, as empresas precisam repensar como contratam, promovem, mentoram e lideram, mostra reportagem do WSJ. Uma reportagem do Globo traz para o Brasil a discussão de como as empresas podem ir além das peças de marketing e ações em redes sociais pró-diversidade, com casos concretos e opinião de especialistas.
…ao paycheck
No FT, Algumas mulheres em posições de liderança, como a COO do Facebook, Sheryl Sandberg, apontam soluções para fechar o gap de salário entre gêneros.
O caminho para o ‘net zero’ nos portfólios
Querer ser ‘net zero’ é fácil, mas botar em prática são outros quinhentos. O Grupo de Investidores Institucionais para a Mudança Climática (IIGCC) desenvolveu um passo a passo para a descarbonização de portfólios que será testado por cinco fundos de pensão internacionais, entre eles o fundo da Igreja da Inglaterra (Church of England) e o Brunel Pensions, também do Reino Unido. Se a empreitada der certo, o guia norteará outros 70 fundos de pensão, que têm sob gestão US$ 16 trilhões, segundo o FT.
Taxonomia negacionista
O cúmplice, o vigarista, o ególatra e o bobo ideológico. O editor de meio-ambiente do Guardian, Damian Carrington, elenca os quatro tipos de negacionistas climáticos e por que devemos ignorar todos eles.
E por falar em negacionismo…
O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) desmontou a tese da Embrapa de que os incêndios se concentram em áreas já exploradas na Amazônia. E, em vez de propor soluções para a crise de desmatamento na região, o ministro da Economia, Paulo Guedes, decidiu partir para o ataque. Num rompante de inspiração diplomática, acusou ironicamente os Estados Unidos e a França de só estarem preocupados com o desmatamento aqui por já terem derrubado boa parte de sua própria vegetação nativa (sobrou até para o incêndio da Catedral de Notre Dame).
Puxa daqui, empurra de lá
O Banco Central da Inglaterra está enfrentando pressão de ativistas ambientais para revisar seu programa de estímulo monetário pós-covid, depois que pesquisas mostraram que ele está subsidiando indústrias poluentes e indo no sentido contrário dos compromissos verdes assumidos pelo governo britânico.
JBS na mira do Greenpeace
A rede de supermercados Tesco pediu que o governo britânico ordene que as empresas de alimentos do país se assegurem que sua cadeia de suprimentos seja livre de desmatamento. O movimento veio em resposta a uma nova campanha do Greenpeace demandando que a companhia corte os laços com a JBS, a quem os ativistas acusam de estar ligada a fazendas envolvidas na derrubada de vegetação na Amazônia.
Outras leituras
- A vez do hidrogênio verde (Valor)
- Crise de imagem na Amazônia é desafio para vender ferrovia (Valor)
- O que falta para o mercado ESG amadurecer no Brasil? (Folha)
- O custo de um calor matador: um risco maior de mortes em nações pobres (Bloomberg, em inglês)