O Bradesco está captando até R$ 1 bilhão na primeira emissão verde de um dos maiores bancos privados brasileiros.
O banco da Cidade de Deus está conversando com investidores locais para emitir uma letra financeira verde com prazo de 30 meses voltada a financiar projetos de usinas eólicas e solares. A expectativa é que a captação seja concluída entre hoje e amanhã.
O papel deverá pagar uma taxa de CDI mais 0,5% a 0,6% ao ano, em linha com taxas pagas em letras financeiras tradicionais do banco que, no entanto, costumam ter prazo um pouco menor, de 24 meses.
A taxa do Bradesco deve ficar ligeiramente acima da remuneração da letra financeira emitida pelo BNDES em outubro e que inaugurou esse tipo de emissão rotulada no mercado local.
Os recursos captados serão alocados a projetos de geração que já estão na carteira do Bradesco. O selo verde foi concedido pela Sitawi, que verificou a adequação dos projetos financiados para que o papel pudesse ser certificado.
No começo do ano, o BV (antigo Votorantim) fez uma emissão externa verde numa colocação para um único investidor. Em novembro foi a vez do BTG fazer emissão semelhante.
A expectativa no mercado é que em 2021 se acelere a tendência de emissões verdes por parte dos bancos brasileiros, a depender também da aceleração dos projetos financiáveis nessa categoria.