Raízen é primeira no mundo a ter etanol aprovado para aviação

Etanol produzido em Piracicaba recebeu certificação do Corsia, acordo da aviação civil internacional do qual o Brasil é signatário

A Raízen, produtora de etanol, está emitindo R$ 1,2 bi em dívida ESG
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A Raízen é a primeira produtora de etanol do mundo a receber a certificação internacional para produzir combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), de acordo com comunicado ao mercado nesta manhã.

A empresa ganhou o aval para a produção no Parque de Bioenergia Costa Pinto em Piracicaba (SP), cujo etanol cumpre os critérios internacionais do Corsia, um acordo da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), do qual o Brasil é signatário. 

A certificação foi do tipo ISCC CORSIA Plus (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation).

O SAF é um combustível sustentável que permite a substituição direta do querosene de aviação, sem mudanças estruturais nas aeronaves. O desafio, como de costume em inovações, é o preço, duas a cinco vezes maior que a alternativa fóssil. Tradicionalmente, as companhias aéreas já lidam com margens apertadas e têm no combustível 40% de seus gastos operacionais. 

Entre os players do mercado, existe uma expectativa de que o Brasil se destaque no cenário mundial de SAF, dada sua vasta expertise na produção de combustíveis sustentáveis. 

O etanol de segunda geração da Raízen, produzido a partir dos resíduos da cana, é a único certificado até o momento, mas a brasileira Be8 (ex-BSBios) lidera o projeto Omega Green para a produção no Paraguai e a GranBio já recebeu US$ 80 milhões do Departamento de Energia (DoE) americano para demonstrar sua tecnologia.