A gestora alemã DWS, do Deutsche Bank, vai pagar uma multa de US$ 19 milhões para encerrar uma investigação de greenwashing da SEC, o órgão regulador do mercado americano de capitais.
É a maior penalidade já aplicada a um caso envolvendo produtos de investimento que seguem critérios ambientais, sociais ou de governança, ou ESG.
Em uma investigação separada, a gestora vai pagar outros US$ 6 milhões relativos a violações das regras de antilavagem de dinheiro.
A DWS foi acusada de fornecer informações “materialmente enganosas” sobre o uso de informações ESG na montagem de fundos e em recomendações de investimento.
A investigação foi precipitada por uma denúncia da ex-chefe de ESG da companhia Desiree Fixler, há dois anos. A gestora também está sob a mira da BaFin, o xerife do mercado alemão, e da Justiça do país.
Na acusação formal, apresentada nesta segunda-feira, a SEC afirmou que a política ESG apresentada pela DWS aos clientes não era cumprida.
Em 2020, a gestora afirmava ter € 459 bilhões em ativos “verdes”. No ano passado, depois de abandonada a classificação, o número caiu para um quarto daquele total.
O caso levou à demissão do CEO da DWS.
No ano passado, o banco de investimentos Goldman Sachs foi multado em US$ 4 milhões por descumprir suas próprias regras em fundos ESG.
Meses antes, a gestora BNY Mellon tinha sido punida em US$ 1,5 milhão pelo mesmo motivo.
Em uma investigação separada, a gestora vai pagar outros US$ 6 milhões relativos a violações das regras de antilavagem de dinheiro.
As multas fazem parte de um pacote de medidas e regulações para definir objetivamente o que são aplicações financeiras que levam em conta critérios de sustentabilidade e como elas podem ser promovidas.