BID faz aporte em fundo de impacto da GK Partners

Valor investido é de US$ 5 milhões; restauração florestal, economia circular, agricultura sustentável e saúde estão entre os focos

BID faz aporte em fundo de impacto da GK Partners
A A
A A

A GK Partners, gestora de investimentos de impacto de Eduardo Mufarej, acaba de receber um aporte de US$ 5 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em seu fundo multiestratégia, o Good Karma Fund. A operação será feita pelo braço de investimentos do banco multilateral.

Com o capital do BID e outros valores já captados anteriormente, o fundo deve fazer investimentos que podem alcançar entre nove a doze empresas.

A gestora pretende investir 80% do valor total do fundo em seis a oito empresas já em estágio maduro, a partir da série B.

Os outros 20% restantes devem ser distribuídos entre três a quatro empresas ainda em estágio inicial.

A gestora ainda não definiu quais serão as novas empresas investidas, mas a ideia é priorizar negócios de toda a América Latina – a estrutura do fundo está nos Estados Unidos.

Entre os temas de interesse, estão negócios envolvendo restauração florestal, economia circular, agricultura sustentável, bioinsumos, descarbonização industrial e cuidados ambulatórios e pós-agudos.

“Nossa estratégia é acelerar o financiamento de soluções que estejam resolvendo grandes problemas urgentes no Brasil, especialmente no segmento de clima, mas não limitado a ele”, afirma Patricia Nader, sócia e head de impacto e desenvolvimento de negócios da gestora.

A GK não divulga o valor exato que já conseguiu captar para seu fundo no momento, mas até o ano passado, havia conseguido arrecadar mais de R$ 400 milhões.

A carteira do veículo atualmente é composta por cinco empresas, de setores diversos: Neuralmed, que utiliza inteligência artificial para sistemas em saúde; Rehagro, de educação para o agronegócio; Rumin8, que desenvolve suplementos alimentares que diminuem as emissões de metano de bovinos; Vertuos, que tem uma plataforma de gestão de resíduos para indústrias poluentes; e Zenklub, de saúde mental on-line.

Criada em 2019, a gestora totaliza 14 investimentos desde sua fundação.

Além do Good Karma Fund, a GK mantém um outro fundo, composto por capital próprio, com dez investimentos.

No ano passado, a gestora, que se chamava GK Ventures, passou a se chamar GK Partners, para deixar sua proposta mais clara.

“Nosso foco é em empresas mais maduras e o nome acabava atraindo muita gente em estágio inicial”, explicou Mufarej ao Reset na ocasião.