O BNDES vai mobilizar R$ 5 bilhões para financiar a infraestrutura necessária para que a cidade de Belém do Pará receba a edição de 2025 da COP, a conferência anual das Nações Unidas voltada para o debate de mudanças climáticas. O anúncio foi feito pelo presidente do banco de desenvolvimento, Aloizio Mercadante, nesta sexta-feira.
“O Fundo Amazônia, taxas favorecidas, como do Fundo Clima e da TR [Taxa Referencial para financiamento de projetos] de inovação, e linhas de créditos serão direcionados para o Pará nesse gigantesco esforço”, disse Mercadante.
A composição exata do pacote de desembolsos ainda não está clara, mas ao menos R$ 3 bilhões devem vir da linha de crédito de R$ 30 bilhões do BNDES voltada para projetos socioambientais de Estados e municípios. Os desembolsos estavam suspensos desde 2018 e foram retomados nesta semana, como informou a Folha.
O restante do pacote pode vir da linha de crédito para projetos de inovação, também aprovada pelo governo nesta semana, que é corrigida pela taxa referencial (TR), ou de outras linhas com juros subsidiados, como as de inovação (taxa de 2% ao ano) e do Fundo Clima (3%), afirmou o presidente do BNDES.
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Numa reunião que antecedeu o anúncio, o governo do Pará apresentou à equipe do banco uma série de desafios, como a necessidade de obras para mobilidade urbana e saneamento básico e ações que envolvem serviço de hotelaria de Belém, de acordo com o governador paraense, Helder Barbalho.
A transição energética foi outro ponto destacado pelo político. “Estamos determinados a transformar Belém no primeiro case de transporte público com matriz de energia renovável do país, seja elétrico ou a gás, e reduzir o uso de transporte coletivo movido a combustíveis fósseis”, disse ele.
Com a meta de ter 100% da energia de uso público gerada por fontes limpas, o governo paraense também deve investir em fazendas de energia solar para substituir as atuais fontes não renováveis.
Alguns dos projetos prioritários nesse pacote de investimentos devem ser anunciados em 30 dias.
