Quem (sempre) paga a conta
O aquecimento global é uma realidade em quase todas as regiões do planeta e os efeitos mais danosos recaem justamente sobre as populações mais pobres, mostra essa reportagem do New York Times. No Brasil, secas prolongadas e tempestades têm sido mais comuns, piorando a situação de quem vive nas favelas e dos 100 milhões de brasileiros sem acesso a tratamento de esgoto. Nessa reportagem no UOL, o Ecoa mostra como as populações da periferia põem em prática discussões e medidas sobre o ‘racismo ambiental’.
Economia verde traria ‘uma Argentina’ ao PIB do Brasil
O Brasil terá um crescimento extra de 38% até 2030 se adotar medidas para uma economia mais eficiente do ponto de vista ambiental. Seriam R$ 2,8 tri a mais no PIB, o equivalente a uma economia da Argentina, segundo estudo feito pela WRI Brasil e destrinchado por Miriam Leitão em ‘O Globo’. O paper, feito em parceria com a UFRJ, economistas da PUC, executivos do Banco Mundial e ex-ministros como Joaquim Levy, elenca políticas que podem contribuir para o cumprimento de metas econômicas e setoriais, tornar o Brasil resiliente a futuras pandemias e outros riscos, como mudanças climáticas e destruição de ecossistemas.
CEO do Uber advoga por ‘benefícios flexíveis’… e regulação
No pós-pandemia os trabalhadores devem ter acesso a um fundo de benefícios financeiros, mas é importante garantir o uso ‘flexível’ dos recursos. É o que pensa o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi. Em artigo publicado no NYT, ele defende que o dinheiro seja usado para pagar um plano de saúde ou descanso remunerado, por exemplo. A proposta é que o fundo vire uma lei a ser cumprida por todas as companhias da gig economy — dos trabalhadores informais e de aplicativos, como a própria Uber. Enquanto isso, um juiz da Califórnia determinou que Uber e Lyft passem a classificar os motoristas como empregados formais.
Puxando a fila
Outros gigantes da tecnologia podem se juntar ao movimento depois de a Alphabet, controladora do Google, ter feito uma emissão recorde de bônus sustentáveis de US$ 5,75 bilhões na semana passada, aponta a Bloomberg. Além da atenção maior às questões ESG, aguçaram o apetite do mercado as taxas obtidas pela companhia na transação. Segundo um executivo do Goldman Sachs, que coordenou a emissão, a Alphabet ‘economizou’ de três a cinco pontos-base no custo de financiamento ao fazer a emissão em formato ESG.
US$ 1 tri em fundos ESG… e contando
Fundos que investem de acordo com princípios ambientais, sociais e de governança atraíram US$ 71 bilhões em novos recursos globalmente entre abril e junho, levando os ativos sob gestão desse tipo de produto para um novo recorde de mais de US$ 1 trilhão, de acordo com a Morning Star. Reportagem do FT mostra como a estratégia está se mostrando uma exceção, em meio ao movimento de migração de investidores para fundos passivos.
Cadê o ativo que estava aqui?
Já viu um prédio em construção abandonado pela metade? Isso significa que esse ativo não faz mais sentido economicamente. A Bloomberg usa o exemplo didático para mostrar um dos maiores riscos dos negócios tradicionais em meio à transição para uma economia de baixo carbono: o dos ‘stranded assets’, ou ativos ‘encalhados’, cujo valor pode cair a zero. O enfoque é no setor de petróleo, no qual a derrubada dos preços com a crise de demanda do coronavírus trouxe para o presente uma discussão que muitos pensavam ser abstrata.
Outras leituras
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- BTG Pactual e BlackRocks vão acelerar empreendedores negros (Exame)
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