A comerciante Juliane Costa viu a vida de sua família mudar no último ano. “Hoje não estamos mais isolados do mundo, podemos acessar a internet de qualquer ponto da comunidade”, ela diz. “Meus filhos estudam e fazem pesquisas online e eu consigo entrar em contato com mais clientes. E vender mais.”
Juliane é um dos cerca de 13 mil habitantes de Santa Rita do Weil, distrito do município de São Paulo de Olivença, no Alto Solimões, Amazonas. O povoado está entre as 37 comunidades ribeirinhas e 19 municípios da região que receberam banda larga 4G e 5G entre 2022 e 2023.
A instalação contemplou cerca de 500 mil pessoas no estado e só foi possível graças a uma parceria entre a provedora local Veloso Net com a Huawei, líder global de infraestrutura para Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e dispositivos inteligentes.
A empresa multinacional fornece as soluções e todos os equipamentos necessários para a implantação e funcionamento de cada ponto.
“A banda larga móvel ainda é, no Brasil, o maior instrumento para inclusão digital”, explica Atilio Rulli, vice-presidente de Relações Públicas da Huawei América Latina e Caribe. “Cerca de 58% das pessoas que acessam internet no país o fazem por banda larga, não por wi-fi.”
Segundo dados do IBGE, 28 milhões de brasileiros ainda não têm internet em casa. “Boa parte dessas pessoas vivem na região Norte, por isso a parceria com a Veloso Net é importantíssima”, diz Rulli. “Estamos trabalhando juntos para mudar esta realidade.”
A meta da operadora amazonense é, até meados do ano que vem, instalar 71 novos sites de transmissão. O objetivo é atender principalmente comunidades ribeirinhas ao longo dos 1700 quilômetros do curso do Rio Solimões – de Tabatinga, na fronteira com a Colômbia, até Manaus.
“Queremos chegar aos locais onde as grandes operadoras não chegam”, diz Junior Veloso, CEO da Veloso Net, fundada em 2018.
O impacto da banda larga sobre as vidas nestas comunidades é transformador – para o comércio local, a educação e a saúde da população.
Em Caiambé, distrito de Tefé (AM), os cerca de três mil moradores hoje contam com atendimento médico online. “E a ambulância que atende a região nas emergências pode ser chamada com mais facilidade”, conta Veloso.
As enormes distâncias e as barreiras físicas ainda são grandes desafios no processo. “Para realizar o mapeamento e definir cada região que receberá a tecnologia, desenhando os detalhes da operação, as equipes técnicas chegam a passar 40 dias viajando”, conta o CEO.
Depois da instalação, há longas viagens para manutenção das redes. “É fundamental que a solução seja muito bem implementada, e sem a Huawei isso não seria possível”, diz Veloso.
Tecnologia para todos
A parceria com a Veloso Net faz parte da estratégia global da Huawei batizada de Tech4all.
Apoiada sobre quatro direitos básicos – educação, saúde, desenvolvimento e meio-ambiente – a empresa oferece tecnologias e soluções inovadoras que tornem o mundo um espaço mais inclusivo e sustentável para todos.
“Estamos alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU no mundo todo, e a Amazônia tem uma importância imensa”, aponta Rulli.
Além do investimento em conectividade para melhorar a vida da população local, a Huawei tem voltado seu foco para soluções capazes de proteger a biodiversidade da floresta.
A empresa acaba de lançar a segunda fase do Tech4Nature, braço do Tech4all em acordo de cooperação estratégica com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Na primeira fase do projeto, que começou em 2020, a parceria testou diferentes Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para a conservação da natureza em cinco áreas protegidas em todo o mundo: México, Ilhas Maurício, Espanha, Suíça e China.
A Fase 2 deve ampliar uso de tecnologias digitais para impulsionar uma gestão mais eficaz e equitativa de áreas protegidas e conservadas, e também da preservação de animais de diferentes espécies.
Além do Brasil, outros quatro países receberão projetos-piloto com soluções de base tecnológica: Quênia, Turquia, México e China.
Essa nova fase avançará na meta 30×30 definida no Quadro Global de Biodiversidade Kunming-Montreal (GBF), que exige que 30% das áreas terrestres e marítimas do planeta sejam conservadas por meio da definição de áreas protegidas e medidas eficazes de conservação.
“Sozinhos não conseguimos agir”, diz Beatriz Barros, oficial da IUCN na América do Sul. “Para avançar na agenda de conservação, dependemos de empresas, governos e sociedade civil.”
Com tecnologia Huawei, o Tech4Nature pretende testar, no Brasil, uma aplicação para analisar o nível de salinização da água dentro de uma comunidade extrativista no Pará.
O objetivo é entender o impacto da mudança climática sobre a água e sobre toda a economia desta comunidade.
“Tecnologias de Informação e Comunicação estão ajudando a proteger os ecossistemas mais valiosos do planeta”, diz Vicky Zhang, vice-presidente de Comunicação Corporativa da Huawei.
“Com imagens de satélites e soluções de sensoriamento remoto, podemos monitorar o desmatamento e outras atividades ilegais em tempo real.”
Para a executiva, no Brasil o Tech4Nature permitirá que todo o mundo conheça mais a fundo a floresta Amazônica para, assim, ser capaz de criar novas e melhores soluções para protegê-la.
Sobre a marca:
A Huawei é uma fornecedora líder global de soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Sua missão é levar o poder da conectividade para cada pessoa, lar e organização, rumo a um mundo totalmente conectado e inteligente.