O Brasil vive hoje um paradoxo digital. É a quinta maior população online do mundo, com 71% das pessoas conectadas a alguma rede social, versus 59% da média global. Ao mesmo tempo, 54 milhões, ou 25%, vivem em áreas que possuem cobertura de rede móvel, mas seguem offline, e outros 17 milhões de brasileiros (8%) moram em áreas onde ainda não há cobertura.
Os dados são da GSMA, associação internacional que reúne mais de mil operadores e fabricantes de telefonia móvel. O mesmo estudo aponta como principais limitações à digitalização o custo dos telefones celulares, a desigualdade de renda e a tributação.
Viabilizar o acesso e permitir que todos possam desfrutar dos benefícios da inclusão digital, como a telemedicina, ensino a distância e serviços públicos online, deve ser um trabalho conjunto e coordenado entre iniciativa privada e setor público.
Na busca por contribuir para fazer da digitalização uma ferramenta de inclusão, a Vivo, maior empresa do setor no país, vem nos últimos anos voltando suas decisões de negócio para minimizar as desigualdades no mundo digital.
Com o propósito de digitalizar para aproximar, a companhia leva conectividade a um número crescente de brasileiros, ao mesmo tempo em que se posiciona como um hub digital de serviços de telefonia fixa e móvel, internet de banda larga, TV por assinatura e streaming, além de serviços financeiros, de saúde e educação.
ODS como estratégia de negócios
Para dar materialidade a essa visão, a empresa decidiu fazer um exercício de autoconhecimento que resultou em um estudo inédito lançado em setembro, Vivo pelo ODS 2030, que teve o objetivo de entender qual o real impacto de suas operações e serviços na sociedade brasileira.
Essa análise relaciona, de forma aprofundada, o negócio da Vivo com os principais desafios dos brasileiros e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, levando a empresa para um passo além da sustentabilidade corporativa e da Agenda ESG.
“O foco é a sustentabilidade do negócio de forma abrangente. Estamos colocando o impacto que a companhia tem na sociedade e no planeta no centro de nossas decisões estratégicas”, afirma Joanes Ribas, diretora de sustentabilidade da Vivo.
Ela acredita que essa ação pioneira pode servir de inspiração para outras empresas.
No estudo, a Vivo mostra como foram definidos os ODS prioritários do negócio, além de categorizá-los em uma escala de impacto.
O objetivo central identificado pela empresa – e que possui um impacto definido como Muito Alto – é o ODS 9: Indústria, Inovação e Infraestrutura.
Isso quer dizer que a melhor maneira que a Vivo pode contribuir com o desenvolvimento sustentável é expandir sua infraestrutura de rede para garantir a inclusão de todos, e promover o uso da tecnologia por meio de um completo ecossistema digital, provendo soluções inovadoras para as indústrias e população em geral.
Serviços digitais acessíveis e inclusivos
Segundo o relatório da GSMA, a principal prioridade política do país deve ser a redução das lacunas de uso e cobertura da internet móvel, com destaque para três questões principais.
Primeiro, reforçar os incentivos para investimento, com foco especial na redução de impostos para smartphones, tablets, computadores, especialmente modelos de nível básico, e nas condições regulatórias e econômicas para investimentos em áreas rurais e remotas.
Segundo, melhorar o letramento digital por meio de políticas públicas que consigam promover habilidades digitais ao alcance de mais brasileiros, em termos de trabalho, saúde, educação, serviços financeiros e entretenimento; e programas de governo que visem aumentar a eficiência daqueles que fornecem conectividade aos segmentos de baixa renda, escolas públicas e alunos.
Por último, compatibilizar a carga tributária aos objetivos de uso e cobertura universais. Isso significa reduzir taxas, fundos e impostos específicos do setor e maximizar os investimentos com recursos do FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), projetos baseados em avaliações sistemáticas dos investimentos em conectividade.
Marsuri Romero, gerente de responsabilidade social corporativa da Vivo, diz que o setor privado é fundamental nesse processo, mas essa questão vai além dele. “Também trabalhamos para propor essa conversa com vários setores e entre diferentes agentes da sociedade.”
A Vivo tem feito sua parte em várias frentes. A começar com a oferta de serviços que fazem da conectividade um trampolim para novas possibilidades do mundo digital.
É o caso do Vale Saúde, que provê acesso a consultas médicas, exames e procedimentos com preços acessíveis em uma rede de laboratórios e clínicas médicas em todo o Brasil.
Já o aplicativo de meditação Atma serve como alternativa para fortalecer a própria saúde mental e emocional e, ao mesmo tempo, minimizar os possíveis efeitos negativos da hiperconectividade. Ambos estão relacionados ao ODS 3 (Saúde e bem-estar).
A plataforma Vivae, fruto da joint-venture entre Vivo e Ânima Educação, oferece cursos livres e de curta duração, com foco em empregabilidade, além de acesso a vagas de emprego selecionadas conforme o perfil do usuário. Essa iniciativa se conecta às metas dos ODS 4 (Educação de qualidade) e ODS 8 (Trabalho decente e crescimento econômico).
Outro exemplo é o Vivo Money, plataforma de empréstimo pessoal exclusiva para clientes. A análise de risco é um diferencial: leva em consideração também a relação que o assinante já possui com a empresa. Com isso, mais pessoas podem ter acesso a empréstimos.
“Resolver problemas sociais também é oportunidade de negócio”, reforça Romero.
Menor impacto ambiental, maior impacto social
A Vivo também estabeleceu metas para reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa e aumentar o uso de energias renováveis que resultaram na redução de 88% das suas emissões diretas e na reciclagem de 98% dos resíduos de sua operação. O objetivo é se tornar net zero até 2040 e zero resíduos para aterros até 2030.
Além do investimento na redução de emissões e economia circular, a transformação digital por meio da conectividade promovida pela companhia ao reduzir deslocamentos e estimular mudanças de comportamento também têm permitido que seus clientes diminuam as suas próprias pegadas de carbono.
De acordo com o estudo, foram evitadas 23,6 milhões de toneladas de emissões de gás carbônico pelos clientes por meio da utilização dos serviços da empresa, meta relacionada ao ODS 13 (Ação contra a mudança global do clima).
Fora isso, cerca de 26 mil toneladas de resíduos eletroeletrônicos foram reciclados pelas suas operações de logística reversa e mais de 11 toneladas de equipamentos e acessórios foram recolhidos pelo programa Vivo Recicle, vinculados ao ODS 12 (Consumo e produção responsáveis).
O Vivo pelos ODS 2030 será um balizador de futuras ações e negócios da empresa, servindo de estratégia de impacto positivo para o futuro. “Além disso, ele ajuda a tangibilizar para todos os stakeholders a nossa contribuição para a sociedade”, explica Matheus Lucinski, consultor de sustentabilidade da Vivo.
Em um momento que a ONU mostrou, durante sua 78ª Assembleia Geral, que apenas 15% dos dezessete dos ODS criados em 2015 no Acordo de Paris estão na trilha para serem cumpridos até o ano de 2030, o avanço da Vivo é um sinal positivo para a sociedade e um alerta ao setor privado.
“Não estamos fazendo apenas um encaixe entre os ODS e o que já fazemos na empresa. Ao atrelar de verdade a estratégia do negócio ao impacto, avançamos muito mais nessa agenda”, completa Lucinski.
Sobre a marca:
A Vivo é referência em telefonia móvel, banda larga de ultravelocidade e TV por assinatura em HD, além de soluções para empresas e atacado.