A catarinense Mariana Comunello está quase se formando em direito e seu trabalho de conclusão de curso é sobre um tema muito atual, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Para se tornar uma profissional melhor, ela quer entender profundamente como os sistemas de informação funcionam e quais são as estratégias para garantir a segurança deles.
Em junho, ela decidiu atualizar seu currículo no LinkedIn e leu sobre os cursos de graduação em tecnologia da Faculdade XP, do grupo XP Inc.
“Quando vi que era uma faculdade ligada a uma empresa, entendi que a XP queria capacitar os alunos para terem um lugar lá dentro”, diz Mariana, hoje com 22 anos e moradora de Joaçaba.
Depois de passar por um processo de seleção com 127 mil candidatos, ingressou no curso de Defesa Cibernética, a custo zero.
Pode soar estranho uma empresa criar uma faculdade, mas muitas companhias tomam esse caminho. Um exemplo é a gigante de tecnologia Oracle, que oferece cursos de desenvolvimento de aplicações, gestão de dados, entre outros.
E, há muito tempo, o modelo é consagrado no setor de saúde. Se excelentes profissionais de saúde saem de graduações vinculadas a hospitais, por que não aplicar a mesma lógica ao setor de tecnologia e finanças?
O objetivo é formar profissionais altamente capacitados e demandados pelo mercado nas áreas de tecnologia, negócios e finanças. O método dos cursos é focado na prática, o que acelera a inserção dos alunos nas empresas.
Além disso, a aposta no ensino à distância promove mais diversidade de gênero, raça, classe, bagagens culturais e permite que pessoas de diferentes regiões do país assistam às aulas.
“A oferta de ensino superior no Brasil aumentou muito com a educação à distância, e as mensalidades diminuíram, agora o principal desafio do país é a qualidade”, diz Paulo de Tarso, CEO da XP Educação, que começou a trabalhar para a XP em outubro do ano passado. Ele passou quase dez anos na Cogna Educação.
Atualmente, o Brasil tem 6,5 milhões de estudantes universitários. A porcentagem da população entre 18 a 24 anos cursando uma faculdade é bastante baixa: cerca de 17,8%, de acordo com dados do Ministério da Educação.
O Plano Nacional de Educação pretende elevar essa taxa para 33% até 2025, uma meta difícil de cumprir em apenas três anos.
De acordo com o Mapa do Ensino Superior realizado pelo SEMESP em 2021, o custo mensal médio de uma graduação privada no Brasil é de R$ 1.556, considerando todos os cursos, regiões e modelos de ensino. Contudo, há universidades que oferecem formações à distância por menos de R$ 200 por mês.
Diversidade
Uma das estratégias da Faculdade XP para garantir o recrutamento de alunos com potencial, o processo seletivo tira de cena as provas tradicionais que avaliam apenas conhecimentos técnicos.
No primeiro processo seletivo, os 400 estudantes foram escolhidos entre 127 mil inscritos em um processo com mais de 300 candidatos por vaga, distribuídas em cinco cursos de graduação.
A Faculdade XP oferece outras opções. Entre especializações e cursos rápidos, são mais de 20 chancelados pelo MEC.
Os candidatos passaram por uma peneira inicial que consistiu de quatro perguntas sobre suas motivações profissionais. Foram 43 mil aprovados para a segunda fase, um minicamp.
Sem necessidade de conhecimento prévio nas áreas de formação, os alunos receberam materiais de estudo e instrução para participar de atividades práticas que testaram suas capacidades de aprendizado.
Em seguida, um teste ajudou a encontrar aqueles com perfil tech e compatibilidade com os valores XP Inc. (mente aberta, sonho grande e espírito empreendedor).
Somente então foi realizada a prova de conhecimentos gerais (formulada pela própria XP Educação), que também pode ser substituída pela nota do ENEM, desde que realizado entre os anos de 2018 e 2021.
Metade das vagas foi preenchida por ampla concorrência e a outra metade foi reservada para ações afirmativas, sendo exclusivas às mulheres e pessoas autodeclaradas pretas e pardas.
Como resultado, as mulheres são 27% dos alunos, e 50% dos selecionados se declaram pretos ou pardos. A seleção contribuiu também para a diversidade regional: 45% dos alunos estão fora da região Sudeste, e possuem variedade etária, pois a maior parte dos alunos têm entre 30 e 40 anos.
Menos de um terço saiu direto do ensino médio para a Faculdade XP, sendo 70% já graduados ou alunos que estão em um momento avançado na graduação.
“Percebemos que muitas dessas pessoas estão buscando uma transição de carreira para áreas que o mercado procura”, diz de Tarso.
Mariana, por exemplo, diz que a graduação em defesa cibernética abre um leque de oportunidades para que ela possa atuar tanto no ramo do direito especializado em LGPD quanto como tecnóloga, além de vislumbrar outras possibilidades.
“Enquanto o direito pode me limitar a oportunidades de trabalho no Brasil, a área de tecnologia pode abrir portas em outros países, inclusive no modelo de trabalho remoto”, comenta.
Outra vantagem do modelo da Faculdade XP para Mariana é o método de ensino. O fato de os cursos serem à distância possibilita que ela estude sem ter os altos custos de mudança e moradia requeridos por uma graduação presencial.
“Muitos profissionais são casados, têm filhos, têm uma estrutura de vida que não permite o deslocamento para outra cidade ou estado”, comenta o CEO da Faculdade XP.
Três pilares
Atuar na graduação em vez de oferecer apenas pós-graduação ou especializações é uma estratégia tanto de negócios como de formação de profissionais.
“Temos a vantagem de poder participar de toda a jornada acadêmica do aluno, desde a graduação à especialização, assim como fomentar o lifelong learning com cursos rápidos de atualização. Dessa forma, é possível desenvolver os três pilares que a XP busca em seus funcionários”, explica de Tarso.
Os pilares são competência técnica, fundamentos de negócios e habilidades interpessoais, as chamadas people skills. Não basta apenas o profissional ser muito bom tecnicamente, é preciso ter vontade de inovar, empreender e capacidade de trabalhar em grupo.
“Talentos como trabalho em equipe, comunicação e empatia são estimulados ao longo dos semestres”, comenta de Tarso.
Paulo de Tarso também destaca o fato de que a XP tem a educação como parte indissociável do seu modelo de negócios desde o começo.
Quando foi fundada, em 2001, com o objetivo de democratizar o acesso a investimentos, antes restritos à classe alta, a empresa ainda não tinha história, reputação ou credibilidade para atrair clientes.
O que sustentou a companhia nos seus primeiros anos e a tornou conhecida foram os cursos e aulas de educação financeira que promovia.
“A XP Educação sempre foi uma parte importante da marca e a criação da faculdade combina com a história da empresa”, diz de Tarso.
2ª turma com inscrições abertas
Após o sucesso de inscrições na primeira turma de graduação, a Faculdade XP deu largada para a segunda edição do processo seletivo mais concorrido do Brasil.
As inscrições para os cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas; Ciência de Dados; e Sistemas de Informação – chancelados pelo MEC – já estão abertas e vão até 12 de janeiro.
O processo seletivo seguirá o mesmo formato da primeira turma, as aulas seguem o modelo 100% online e a custo zero. Inscrições podem ser feitas diretamente no site: www.xpeducacao.com.br.
Sobre a marca:
A XP Educação nasceu da integração de duas escolas: o IGTI, referência no ensino em tecnologia, e a Xpeed, escola de finanças da XP. Unimos o ensino ao mercado, para formar profissionais extraordinários.