Citi intensifica atuação em Social Finance no Brasil

Em 2022, banco atuou em seis projetos, entre eles saneamento básico e educação, e quer ampliar portfólio para as áreas de saúde, moradia acessível e segurança alimentar

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Citi intensifica atuação em Social Finance no Brasil
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Até 2030, o Citi tem o compromisso de viabilizar US$ 1 trilhão em finanças sustentáveis, dos quais US$ 500 milhões em financiamento voltado ao social, alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. 

Os projetos para que essas metas se concretizem foram intensificados depois da emissão, em outubro de 2021, do primeiro Social Finance Bond do banco, no valor de US$ 1 bilhão.

Um mês antes da emissão, a instituição lançou o Citi’s Global Social Finance Framework, o primeiro publicado por um banco, no qual lista suas regras e objetivos na área: desenvolver e estar presente em soluções e projetos que permitam, até 2025, acesso a serviços básicos e oportunidades econômicas para 15 milhões de famílias de baixa renda, incluindo 10 milhões de mulheres, em mais de 50 mercados emergentes.  

“O Citi é um banco global com presença física em 95 países. Em função de sua escala e capilaridade, estamos unicamente posicionados para compreender e lidar com questões importantes para a humanidade”, diz Marcelo Marangon, presidente do Citi Brasil. 

Historicamente, segundo ele, o setor financeiro sempre esteve mais voltado para soluções ambientais. “Mas sabemos que a desigualdade e a pobreza são alguns dos principais desafios enfrentados por comunidades vulneráveis aqui no Brasil.”

Para Marangon, promover financiamentos sociais em uma das regiões mais desiguais do mundo é um modo de o Citi cumprir sua missão de promover o progresso econômico em todo o mundo e, ao mesmo tempo, gerar impacto positivo para milhares de pessoas.

No último ano, o Citi Brasil realizou seis operações que se enquadram como Social Finance, de acordo com o framework do banco, totalizando cerca de US$ 700 milhões, ou R$ 3,5 bilhões.

“Em 2022, investimos em seis projetos, dois deles de grande porte, um de saneamento básico e outro de educação. Nos próximos anos queremos ampliar o portfólio para as áreas de saúde, moradia e segurança alimentar”, explica Fabio Azevedo, responsável pela cobertura do setor público na área de Corporate Banking do Citi Brasil e Champion para Social Finance no país. 

Neste papel, o executivo é responsável por trabalhar em parceria com o time alocado em Londres para identificar oportunidades de negócios que possam ser enquadrados dentro da estratégia de finanças sociais do banco.

“No ano passado, relançamos a estratégia de Finanças Sociais para a América Latina, e o Brasil foi um dos países que mais contribuiu para nossas metas”, afirma Borja Garcia Fernandez, Head de Estruturação e líder do time de Social Finance para América Latina.

Segundo ele, todas as operações que o banco avalia precisam seguir os critérios internos do Citi para serem aprovadas e estar em linha com o estabelecido no Social Finance Framework do banco.

“Tomamos enorme cuidado para garantir que o investimento de fato terá fins sociais e impacto positivo nos países em que operamos”, complementa Fernandez.

Esgoto para todos 

Em setembro de 2022 a empresa Aegea Saneamento, líder no setor privado de saneamento básico no Brasil, com operações em 154 cidades e mais de 21 milhões de pessoas atendidas, emitiu junto ao Citi debêntures no valor de R$ 350 milhões.

Os recursos da operação, realizada por meio da subsidiária Águas de Manaus S.A., serão destinados para gestão de passivos e para investimentos no aumento da cobertura de esgoto, em conexão com o avanço da agenda ESG da empresa. 

“O valor captado possibilitará a execução de investimentos que irão ampliar a cobertura de esgoto dos atuais 26% para 58%, até 2027. Assim, a companhia irá beneficiar centenas de milhares de pessoas em Manaus, levando saúde, qualidade de vida e dignidade”, diz André Pires, CFO da Aegea Saneamento.

“E temos um plano de investimentos para fazer este número crescer ainda mais, com o avanço da cobertura de esgotamento para 90% da cidade nos próximos anos”, afirma.

Segundo Azevedo, os investimentos nesta área foram beneficiados pela aprovação, em 2020, do Marco Legal de Saneamento.

“Este é um setor em que as oportunidades de atuação e de geração de impacto positivo, por meio de financiamentos, tornaram-se bastante relevantes. O marco dá mais segurança para trazer investidores externos aos projetos, com mais participação de mercado.”

Ensino para todos  

Outra área de atuação do Citi foi a educação, por meio de uma operação com a Yduqs, ex-Estácio, uma das líderes em oferta de acesso ao ensino privado no Brasil.

O banco conta com uma linha de crédito bilateral para apoiar a empresa em seu plano de crescimento focado em diversidade racial e social. Atualmente, 56% dos alunos da Yduqs são pretos e pardos, e 75% têm renda familiar inferior a quatro salários mínimos.

Filantropia e voluntariado

Além dos negócios, o Citi gera impacto positivo para as comunidades onde atua por meio de investimento social privado, com a Citi Foundation e a Associação + Esperança.  

Nos últimos três anos, a Citi Foundation investiu mais de R$ 10 milhões no Brasil, com destaque para iniciativas que garantam melhores oportunidades econômicas por meio de acesso à educação e ao mercado de trabalho.

A Associação +Esperança, por sua vez, chegou a mais de mil mantenedores. Ela é administrada por funcionários do Citi e prevê que a cada real doado por um funcionário, o Citi doe mais um. 

O grupo apoia programas voltados para educação e também contribui com projetos como Operação Sorriso e Instituto Strabos, que transformam vidas e auxiliam na autoestima e qualidade de vida de crianças e adolescentes.

Sobre a marca:

O Citi é o banco mais globalizado do mundo. Atua no Brasil desde 1915 e oferece uma ampla gama de serviços bancários para clientes corporativos, institucionais e de altíssimo patrimônio.