
A árvore, elemento-chave na mitigação das mudanças climáticas, é um ecossistema pulsante, capaz de regenerar paisagens, equilibrar o clima e transformar realidades. Como agente de impacto social e ambiental, ela conecta a preservação da biodiversidade, o fortalecimento das comunidades e a possibilidade de desenvolvimento de produtos de origem renovável, um motor de transformação que gera valor para o planeta e para as pessoas.
Para a Suzano, maior produtora de celulose do mundo e uma das maiores fabricantes de papéis da América Latina, cada hectare plantado, conservado ou restaurado representa captura de carbono, preservação da biodiversidade e, ao mesmo tempo, fortalecimento de comunidades e oportunidade de negócios.
Presente em mais de 200 municípios brasileiros, muitos deles em regiões distantes dos grandes centros urbanos e das regiões com índices mais elevados de desenvolvimento, a companhia reconhece os efeitos de sua atividade nos ecossistemas e comunidades onde atua, e tem buscado enfrentar desafios na frente socioambiental com metas ambiciosas e ações concretas.
No coração da Amazônia
A conexão entre o ambiental e o social se materializa em práticas que reconhecem que não há regeneração da natureza sem inclusão das pessoas que vivem nela. Essa lógica se reflete em iniciativas como a parceria com a Sofidel, empresa italiana do setor de papel, no projeto “Juntos, nós plantamos o futuro”.
Desenvolvido na região amazônica, o programa une restauração ecológica e geração de renda em um dos territórios mais vulneráveis do Brasil. A meta é ambiciosa: criar um corredor de biodiversidade em uma área de 2.210 km² entre Maranhão e Pará, enquanto 1.400 famílias são apoiadas com iniciativas de agricultura sustentável, apicultura e comercialização de espécies nativas como açaí e babaçu.
Ainda no bioma amazônico, outro exemplo de desenvolvimento integrado e sustentável é a parceria firmada com a Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) e apoio da USAID Brasil e Aliança Biodiversity & CIAT. O programa de conservação ambiental em prol do desenvolvimento econômico sustentável em comunidades da Amazônia prevê beneficiar três mil pessoas, garantindo a preservação de 200 mil hectares de floresta nativa.
“Mais do que equilibrar crescimento econômico, conservação ambiental e desenvolvimento social, queremos mostrar que esse equilíbrio é a chave para um futuro próspero e duradouro”, afirma Beto Abreu, presidente da Suzano.
Compromissos e resultados
Dos 2,9 milhões de hectares de terras da Suzano, cerca de 1,7 milhão de hectares são destinados à produção e 1,1 milhão de hectares são conservados (40% do total), dentre os quais 85 mil hectares compostos por Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC).
Entre 2020 e 2024, cerca de 30 milhões de toneladas de CO2 equivalente foram removidas da atmosfera. Essa captura considera o balanço entre as emissões dos escopos 1 (diretas) e 2 (aquisição de energia), e parcialmente o escopo 3 (indiretas). Além disso, em 2024 foram restaurados 5,2 mil hectares, somando 45 mil hectares em processo de restauração, contando terras próprias da Suzano e de parceiros.
A gestão sustentável da terra também garante a recuperação de espécies, por isso a companhia realiza o plantio em mosaico, que intercala eucaliptos e vegetação nativa. Entre 2020 e 2024, foram conectados cerca de 158 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia. A meta é alcançar 500 mil hectares de fragmentos de floresta até 2030.
Gerar e compartilhar valor
Uma empresa que tem como compromisso contribuir para retirar 200 mil pessoas da linha da pobreza, até 2030, entende a importância do engajamento e o fortalecimento de parcerias. Firmadas com diferentes organizações, elas colocam de pé projetos que atrelam desenvolvimento social e meio ambiente. Áreas de cultivo de eucalipto manejadas de forma sustentável também geram renda e empregos diretos e indiretos.
Mais de 60 parcerias de geração de renda foram consolidadas nos últimos três anos, envolvendo atores diversos e fomentando o ecossistema de desenvolvimento local. No total, em 2024 elas ajudaram cerca de 45 mil pessoas a saírem da linha da pobreza nas áreas de atuação da empresa. Desde 2020, foram quase 100 mil pessoas.
“As parcerias são elemento central para garantir o sucesso dos projetos de geração de renda e para ampliar a escala e a efetividade das iniciativas sociais da Suzano”, diz Clara Gazzinelli Cruz, gerente executiva de sustentabilidade da companhia. “Ao longo dos últimos anos, a empresa tem evoluído na construção de um modelo de Investimento Social Privado orientado pela colaboração e pelo coinvestimento, reconhecendo que os desafios sociais do país exigem soluções conjuntas e sustentáveis.”
Somente em 2024, investimentos de R$ 28,6 milhões em 62 projetos beneficiaram socialmente mais de 158 mil pessoas. O valor somou-se a mais de R$ 32 milhões em coinvestimento para projetos de geração de renda até 2027, por meio de parcerias diversas.
Outro exemplo que trouxe resultados marcantes foi o projeto de fortalecimento da cadeia produtiva da mandioca, desenvolvido em parceria com a Fundação Banco do Brasil (FBB) e o CEDAGRO, entre o norte do Espírito Santo e o extremo sul da Bahia.
Foram reformadas farinheiras, construídas unidades demonstrativas e adquiridos equipamentos agrícolas que não só modernizaram a produção e reduziram o esforço físico dos trabalhadores e trabalhadoras, mas ainda adequaram a produção para as melhores práticas ambientais.
“É um investimento em infraestrutura, capacitação e incorporação de novas tecnologias às comunidades, beneficiando diretamente centenas de pequenos produtores rurais, quilombolas, mulheres e jovens”, diz Giordano Automare, gerente executivo de Sustentabilidade da Suzano.
Avançar na agenda socioambiental significa reconhecer que um modelo de desenvolvimento de sucesso deve equilibrar a urgência ambiental com a inclusão social e a competitividade econômica.