Haddad: 'Regulação e políticas fiscais vão sustentar transição verde'

Aprovação do mercado regulado de carbono é o primeiro passo do plano, escreve ministro em artigo para o Financial Times

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad fala durante cerimônia de lançamento do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
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O plano de transição ecológica do Brasil será escorado em políticas regulatórias e tributárias, escreveu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em artigo publicado no jornal britânico Financial Times

Sob o título ‘Os planos do Brasil para transformar nossa economia verde’, Haddad afirma que o plano, lançado no mês passado junto ao novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), já está em andamento. 

“Ele se difere do Inflation Reduction Act dos Estados Unidos, que mobilizou uma vasta quantidade de fontes de orçamento para distribuir por uma miríade de setores. Em vez disso, o nosso funcionará como um mosaico de políticas regulatórias e fiscais que serão aprovadas pelo  Congresso de forma gradual, mas intensiva”, escreveu. 

A primeira medida deve ser a aprovação do mercado de carbono regulado, que segue os passos do sistema em vigor na Europa desde 2005, segundo o ministro. O projeto de lei está em tramitação no Congresso, e a expectativa do governo é aprová-lo ainda este mês (mas ainda há pontos a resolver).  

No artigo, o ministro também convida investidores estrangeiros que queiram descarbonizar sua cadeia de produção e apostar em inovações limpas a considerar o Brasil como opção.

“Nosso objetivo é reconciliar crescimento econômico robusto e mudanças sociais com proteção ambiental. Buscamos promover uma mudança secular em nosso modelo de desenvolvimento”, afirma Haddad. 

O ministro está desde domingo em Nova York, onde participa de diversos eventos da Semana do Clima, que acontece em paralelo à Assembleia Geral da ONU. A viagem será uma espécie de ‘road-show’ para apresentar o plano de transição ecológica.

Estão previstas participações em evento na bolsa de Nova York, além de encontros com o presidente da Eurasia, Ian Bremmer, e Michael Bloomberg, fundador do grupo de mídia que leva seu nome e um grande impulsionador da agenda climática no mundo das empresas.

O ministro também deve acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no encontro bilateral com o americano Joe Biden.

Acesse a íntegra do artigo de Haddad no FT, em inglês, aqui.