O Oxygea, fundo de corporate venture capital ligado à Braskem, está abrindo as inscrições da segunda edição do Oxygea Labs, programa de aceleração de startups com foco em sustentabilidade e inovação tecnológica.
As inscrições começam nesta segunda-feira, dia 25 de março, e vão até o dia 21 de abril. O programa acontece entre junho e novembro deste ano.
Serão selecionadas até oito empresas. O aporte inicial é de R$ 75 mil e pode chegar a R$ 2 milhões cada no fim do programa.
O programa envolve mentorias para estruturação de pitch e desenvolvimento de produto, além de aproximação do mercado corporativo.
A primeira edição do Oxygea Labs, no ano passado, recebeu 324 inscrições. Foram selecionadas seis empresas, das quais três – Embeddo, Growpack e Logshare – receberam aportes de R$ 1,5 milhão cada.
“Em todas essas startups, a gente tinha uma clareza muito grande de como destravar o valor e acelerar o crescimento dessas empresas e o que a gente teria de contrapartida com isso no futuro, seja em capitalização, ganho de capital”, afirma Livia Hallak, portfolio manager da Oxygea.
A estrutura da Oxygea é independente da Braskem, mas Hallak atenta para as possibilidades de geração de valor que a proximidade com a companhia pode trazer para as startups.
A executiva cita como exemplo o caso da Logshare, startup de logística para o transporte de cargas, que se beneficiou da conexão com a companhia.
Sintonia fina
Para a edição deste ano, o fundo fez alguns ajustes após a experiência inicial. A Oxygea continuará procurando startups em estágio inicial e de diferentes setores, mas busca refinar o processo.
“Fizemos uma jornada 100% personalizada na primeira edição e percebemos que a gente não conseguiu agregar valor para todas as startups na mesma proporção”, afirma Hallak.
Além disso, a Oxygea também quer ter uma carteira de startups mais homogênea nessa edição – ainda que siga procurando startups que estão começando.
Na primeira edição, segundo Hallak, havia empresas em diferentes estágios de maturação e de desenvolvimento tecnológico. A Oxygea agora quer startups que já estejam com um produto pronto e uma produção mínima.
“Tínhamos startups que estavam com produtos desenvolvidos em bancada, mas ainda não tinham uma planta de produção. Então, você não conseguia apresentá-las para clientes”, afirma ela.