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Hidrelétricas: energia limpa, estabilidade e protagonismo na transição energética

Além de renováveis, elas hoje ganham novo papel fundamental, ao atuarem de forma complementar a fontes intermitentes, como solar e eólica

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Hidrelétricas: energia limpa, estabilidade e protagonismo na transição energética

Precisamos falar sobre as hidrelétricas. A transição energética deixou de ser uma agenda de futuro para se tornar uma exigência imediata diante da aceleração das mudanças climáticas. Nesse cenário, fontes renováveis capazes de garantir estabilidade ao sistema ganham relevância estratégica — e nenhuma delas reúne tantas vantagens quanto a hidreletricidade.

Além de garantirem a confiabilidade e a estabilidade da matriz energética, as hidrelétricas ganham novo protagonismo ao atuarem de forma complementar a fontes intermitentes, como solar e eólica.

Estimativas do Operador Nacional do Sistema (ONS) indicam que, até 2028, as variações de energia a serem escoadas nos horários de pico podem dobrar em relação ao patamar atual de 25 GW. Nesse contexto, a flexibilidade e a capacidade de resposta das hidrelétricas — associadas à expansão da transmissão — serão decisivas para evitar instabilidades no sistema.

Segurança operacional

Mais do que uma vantagem competitiva, a hidreletricidade se confirma como uma necessidade para sustentar a transição energética em escala global. O Brasil, com sua matriz limpa e a liderança de diferentes empresas, tem uma imensa oportunidade de reforçar seu protagonismo nesse movimento — unindo segurança, inovação e responsabilidade socioambiental.

A combinação de abundância, baixa emissão de carbono e segurança operacional faz das usinas hidrelétricas um pilar da descarbonização global. A energia limpa é, mais do que uma escolha, uma necessidade dos novos tempos, diante do desafio das mudanças climáticas.

Os fenômenos do clima já têm resultado em profundas transformações nas predições desses eventos pelas empresas do setor elétrico e será importante elevar a eficiência desse monitoramento nos próximos anos.

A Eletrobras é responsável por cerca de 20% de toda a energia gerada no país, com 82 usinas em operação, sendo 47 hidrelétricas, e um bom exemplo de como as empresas brasileiras do setor elétrico estão buscando soluções cada vez mais sofisticadas para os novos problemas do mundo contemporâneo.

A Eletrobras tem a responsabilidade de ser referência nestas soluções.A empresa inaugurou recentemente o novo Centro de Monitoramento de Ativos e Clima. A estrutura analisa em tempo real cerca de 90 mil ativos da companhia, além de fornecer previsões meteorológicas e análises climáticas para usinas, reservatórios, linhas de transmissão e subestações. Essas previsões, lideradas pela Eletrobras, poderão ser úteis para todo o setor elétrico.

Impactos ambientais e sociais

As hidrelétricas são fonte de energia limpa e responsável. O setor tem se organizado para gerir os negócios hidrelétricos com compromisso ESG ímpar, prevenindo e gerindo possíveis impactos provocados pelos ativos, investindo cada vez mais no relacionamento com as comunidades e buscando colaborar, com o máximo empenho e eficiência, para o sucesso da transição energética.

* Camila Gualda é vice-presidente executiva de governança, riscos, compliance e sustentabilidade da Eletrobras