Impactos das mudanças climáticas na saúde pautam estratégia do Grupo Fleury

Do desenvolvimento de novos exames diagnósticos às ações de sustentabilidade na cadeia logística, a empresa empreende ações para mitigar efeitos dos extremos no clima

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Impactos das mudanças climáticas na saúde pautam estratégia do Grupo Fleury
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Ondas de calor, tempestades, inundações, ar seco, poluição. Aumento nos casos de dengue, leptospirose, doenças respiratórias, problemas cardíacos e crises de saúde mental. Já parou para pensar o quanto os eventos climáticos extremos que já sentimos na pele, nas diversas regiões do Brasil e do mundo, trazem uma série de impactos para a saúde? Pois sim. A ponto de a Organização Mundial da Saúde (OMS) já ter declarado que as mudanças climáticas são a maior ameaça à saúde que enfrentamos.

Diante desse cenário desafiador, o Grupo Fleury vem ampliando seus investimentos na área de pesquisa e desenvolvimento para a criação de testes mais precisos e com resultados mais rápidos para detectar uma série de doenças.

Isso inclui as infecções virais transmitidas por mosquitos, as chamadas arboviroses, e outras enfermidades que se proliferam com as mudanças no regime de chuvas, o aumento de áreas desmatadas e a elevação das temperaturas.

Novo teste para leptospirose

Até o final de julho, o laboratório planeja disponibilizar um novo teste de DNA para detecção de leptospirose, infecção que se prolifera especialmente em períodos de chuva, em função da contaminação da água pela urina dos ratos, com uma letalidade de aproximadamente 10% e uma média de internações que chega a 75%, segundo o Ministério da Saúde. No Rio Grande do Sul, 24 mortes por leptospirose em razão das enchentes de maio já foram confirmadas, num total de 6.115 suspeitas da doença.

O novo teste desenvolvido pelo Fleury é capaz de detectar a leptospirose a partir de três dias do aparecimento dos sintomas, com um ganho importante de agilidade em relação aos testes de anticorpos já disponíveis. Atualmente, é preciso aguardar de uma a duas semanas para ter resultados confiáveis. 

O médico infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, Celso Granato, dá uma medida do impacto que a redução do tempo para se ter o diagnóstico poderá trazer. “O teste é um recurso importante para o médico fazer o diagnóstico diferencial e conduzir o tratamento o quanto antes, com melhores chances de evolução, pois há muitos sintomas semelhantes entre leptospirose, dengue, gripe e outras doenças”, explica.

O Fleury também realiza testes para detecção e aplica vacinas para prevenção de Hepatite A e tétano, que tendem a aumentar em populações expostas a enchentes, além de exames diagnósticos para as arboviroses mais conhecidas como dengue, zika e chikungunya. 

A empresa também realiza exames para detectar outras doenças como a Febre do Oropouche e a Febre do Mayaro, endêmicas na região amazônica, mas que começam a surgir também nos estados do sul e sudeste. Testes de laboratório mostram que o tempo de reprodução dos mosquitos cai pela metade quando os termômetros sobem de 25ºC para 28ºC, aumentando mais rapidamente o número de insetos em circulação e o número de infecções.

As alterações do clima têm gerado mudanças no perfil epidemiológico em nível global, fazendo surgir casos de transmissão local de dengue em países do Hemisfério Norte, como França e Espanha, por exemplo. 

Em 2023, países como França, Itália e Espanha registraram 128 casos de dengue desse tipo. Há dez anos, apenas a França havia registrado casos – e foram apenas quatro. Prevê-se que a doença irá atingir, em média, mais de 1 bilhão de pessoas nos próximos anos. 

“Por um lado, esses dados preocupam; por outro, podem gerar um aumento no investimento em pesquisa por tratamentos mais eficazes”, analisa Celso Granato.

Mapeando o risco

Os novos investimentos do Fleury na pesquisa e desenvolvimento de diagnósticos de doenças relacionadas às mudanças climáticas surgem a partir de um amplo estudo empreendido pelo grupo desde 2020 com o objetivo de mapear os riscos e as oportunidades desse novo cenário. 

Segundo o gerente sênior de ESG do Grupo Fleury, Daniel Périgo, a diversificação da matriz de energia elétrica, com a construção de usinas fotovoltaicas para fornecimento de energia solar em cinco usinas no Rio de Janeiro e em São Paulo, além da compra de energia a biomassa, fazem parte da série de ações voltadas à redução de impactos negativos. O grupo terminou o ano de 2023 com 90,5% do total de sua energia consumida proveniente de fontes renováveis.

Além disso, melhorias implantadas na linha de automação laboratorial na nova sede técnica em São Paulo proporcionaram maior eficiência na utilização de tubos de coleta, com uma diminuição estimada de 17,8% de tubos coletados dos clientes, com redução de 26 toneladas de resíduos gerados ao ano. A geração de resíduos é uma importante fonte de emissão do grupo. 

A otimização das rotas logísticas para coletas de amostras e a incorporação de carros elétricos na frota de fornecedores também fazem parte das estratégias de sustentabilidade da companhia. 

A ampliação das consultas via telemedicina do serviço Saúde Digital, oferecido para empresas, tem sido fundamental para lidar com as questões crescentes de saúde mental. A psiquiatria e a psicologia já são as especialidades mais procuradas na telemedicina do Fleury. Os casos de ansiedade respondem pela quarta causa nos atendimentos de urgências, seguidos de dengue, infecções respiratórias e diarreia.

Sobre a marca:

O Grupo Fleury é reconhecido como uma referência de qualidade em medicina diagnóstica no país, com soluções completas, coordenação de cuidado centrada no indivíduo, capacidade de inovação e tecnologia.


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