A gestora de investimentos da seguradora francesa Axa acaba de comprar uma fatia minoritária na startup brasileira de remoção de carbono via reflorestamento Mombak.
Além disso, a asset também se comprometeu a investir US$ 49 milhões (R$ 235 milhões) diretamente nos projetos de reflorestamento da empresa na Amazônia. Paralelamente a esses recursos, a Mombak está captando o fundo The Amazon Reforestation Fund.
A startup não comenta sobre o fundo, mas, segundo informações de mercado, o veículo será dono dos projetos de reflorestamento.
A gestora Axa tem quase € 900 bilhões sob gestão e os recursos sairão da sua estratégia de capital natural e investimentos de impacto, que já tem dez anos.
“Globalmente, o reflorestamento tem o potencial de capturar de 2 a 3 bilhões de toneladas de CO2 por ano e, com a Mombak, queremos estar na vanguarda para tornar essa possibilidade uma realidade”, disse em nota Adam Gibbon, que lidera a área de capital natural da Axa.
O modelo da Mombak se baseia na restauração da mata nativa em áreas de pastagens degradadas e, a partir daí, na venda dos créditos de remoção de carbono gerados a empresas que precisam fazer a compensação de suas emissões.
A meta da empresa é remover da atmosfera 1 milhão de toneladas de carbono por ano a partir de 2030. As estimativas apontam que, globalmente, todo o mercado de remoção esteja atualmente entre 2 e 5 milhões de toneladas/ano.
A Mombak foi fundada por Peter Fernandez, ex-CEO do aplicativo de transporte 99, e Gabriel Silva, ex-CFO do Nubank. A Axa se soma a outros acionistas, como Kaszek, Union Square, Conservation International Ventures e Byer Capital.
Hoje a empresa desenvolve o primeiro projeto numa área própria de 3 mil hectares, próxima da capital paraense, Belém. Com os recursos captados com a Axa, a estimativa é adquirir outros 5 a 10 mil hectares.