Só 16% das empresas da bolsa têm metas claras de inclusão
Dentre as 404 empresas com ações negociadas na B3, 59% destas não apresentam metas definidas de inclusão de grupos minoritários em seus quadros. Apenas 16% delas de fato apresentam metas claras.
Luvi One, em parceria com a fintech Arara.io, fez uma pesquisa analisando como empresas com capital aberto estão desenvolvendo estratégias de inclusão dentro do recorte de gênero, raça e etnia e PCD.
A metodologia usada descarta outros recortes, como classe social, idade ou orientação sexual por conta de uma carência na abordagem do “S” do ESG: dados despadronizados que não permitem comparação.
“O assunto de inclusão é apresentado geralmente através de declarações vagas como ‘consideramos a questão de gênero ou de raça em nossas contratações’. Apenas 67 empresas estabelecem percentuais e prazos de execução para ao menos um dos três temas analisados”
Felipe Gutterres
Das empresas analisadas, 15% têm metas para mulheres, 5% para não-brancos e 2% para PCD, lembrando que desde 1991, empresas com mais de 100 funcionários são obrigadas a ter no mínimo 2% de PCD.
Apenas 12 empresas brasileiras listadas na B3 se comprometem a ter 30% ou mais de mulheres em cargos executivos até 2025, essa ocupação é inexpressiva, principalmente em relação às mulheres negras.
Grupos como Fin4she, Mulher 360 e Conselheira 101 se apoiam em levas de pesquisas que demonstram que sucesso e diversidade andam juntos.
“Não basta que as empresas façam uma reestruturação dentro de casa. Existe um risco enorme nas cadeias de suprimento. Se um fornecedor apresenta más práticas, ele transfere o risco para o topo da cadeia.”
Felipe Gutterres
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